Brasil
Ex-amante de Alberto Youssef é indiciada na Lava Jato
Taiana Camargo é suspeita de lavar ou ocultar de bens, direitos e valores
A Polícia Federal (PF) indiciou a modelo e ex-amante do doleiro Alberto Youssef, Taiana Camargo, na segunda-feira (13). Ela foi indiciada pelos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores de Youssef, um dos primeiros alvos da Operação Lava Jato.
Conforme a polícia, para esconder o seu patrimônio, Yousseff transferiu um apartamento em São Paulo para Taiana e uma sociedade em um restaurante.
Ainda de acordo com a polícia, além de quitar diversas despesas cotidianas da modelo, como o condomínio e a escola do filho dela, o doleiro ainda a presentou com uma BMW.
Segundo a PF, Taiana tinha conhecimento das atividades ilícitas de Youssef. "Ou, ao menos, era presumível que soubesse delas", afirma o delegado da Polícia Federal Ivan Ziolkowski. No despacho, a PF ainda fala sobre a dificuldade em ouvir a modelo.
"Procede-se o indiciamento indireto ante a contumácia da indiciada de não prestar esclarecimentos em sede policial. Intimada em 03/03/2016 (117v) não compareceu pedindo para ser ouvida por precatória (fI 120). Expedida carta precatória, não compareceu às oitivas marcadas para os dias 25/07/2016 apesar da intimação, fi143. Em nova intimação para o dia 06/10/2016, obteve-se a informação de que se encontrava no exterior. (fI 150). A carta precatória foi devolvida sem cumprimento", diz trecho do despacho.
Em 2015, ela posou nua para a Playboy. Ao EGO, à época, a modelo afirmou que não tinha mais nenhuma relação com Youssef desde que ele foi preso. "Nunca mais nos falamos", disse ela. O G1 tenta contato com a defesa de Taiana Camargo.
Youssef foi condenado na Operação Lava Jato e deve passar os próximos quatro meses em prisão domiciliar, em um apartamento no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo. A mudança de regime é um dos benefícios obtidos pelo acordo de delação que ele firmou com o Ministério Público Federal (MPF) em 2014.
A prisão de Youssef ocorreu em 17 de março de 2014, em um hotel em São Luís, no Maranhão. À época, as investigações da PF apuravam a existência de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro. Youssef era apontado como um dos líderes do grupo.
A Lava Jato cresceu a partir do momento em que os investigadores encontraram ligações da empresa Costa Global, pertencente ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e os atos de lavagem de dinheiro promovidos por Youssef.
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