Brasil
Suspeito de acorrentar e matar mulher escreveu em foto: "Eu a amo muito"
Vítima ensinava voluntariamente suspeito a ler e escrever. Ela foi encontrada morta na casa dele na zona rural de Rio Preto.
A Polícia Civil encontrou na casa onde uma mulher foi encontrada morta, seminua e acorrentada na cama uma foto da vítima que era guardada pelo suspeito. O crime aconteceu no domingo (12) em São José do Rio Preto (SP) e chocou a família da vítima, Simone de Moura Facini Lopes, de 31 anos.
No verso da foto estavam frases elogiando os atributos físicos de Simone. Segundo a polícia, elas teriam sido escritas pelo homem que estava tendo aulas para ler e escrever com a vítima. O homem, de 64 anos, é o principal suspeito de cometer o crime. Ele já foi identificado e está sendo procurado para prestar depoimento.
Para a polícia, o suspeito estaria apaixonado por Simone. O suspeito escreveu na foto coisas como “Eu gosto da Simone”, “Eu amo muito a Simone”, além de escrever sobre os atributos físicos da vítima. O suspeito escreveu a carta dois dias antes do crime e ainda assinou.
“A equipe de investigação trabalha com todas as hipóteses desde o dia do encontro do corpo da vitima. Tudo indica que ele vinha desejando sexualmente essa pessoa com palavras elogiosas aos atributos físicos dela e dizendo que a amava. O fato dele ter sumido isso chama muita atenção”, afirma o delegado Fernando Tedde.
Suspeito já cometeu estuproO suspeito de matar Simone tem passagens pela polícia por cometer estupro, segundo informações da Polícia Civil. O homem, que era próximo da vítima - recebia aulas para ler e escrever - é o principal suspeito do crime.
“Justamente pela vítima trabalhar socialmente com ele, ensinar a ler e escrever, pregando a palavra de Deus, é que criou vínculo com a vítima e esse senhor. Ele tem passagens por crimes sexuais, inclusive por estupro, já puxou cadeia por causa disso. Esse detalhe, de estar foragido, também chama atenção da polícia e tudo indica que ele se evadiu para não responder pelo crime”, afirma o delegado.
O casoA vítima frequentava a chácara onde foi encontrada morta e acorrentada à cama há cerca de quatro meses. Segundo a família, ela ensinava um homem de 64 anos a ler e a escrever. No domingo (12), dia em que foi morta, era dia de ensino religioso. Segundo os familiares, ela saiu de casa às 11h e no final da tarde ainda não tinha voltado. A família ficou preocupada e o marido foi até a chácara, mas o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, Simone estava seminua e foi presa com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. A vítima ainda tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue, possivelmente usada no crime, foi apreendida.
Segundo a polícia, outro homem, de 47 anos, que também mora na casa, foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e continua desaparecido. A perícia científica foi para o local junto com os primeiros policiais e coletou materiais que podem ajudar a identificar o autor do crime.
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