Brasil
Polícia indicia quatro por acidente com alegoria da Paraíso do Tuiuti
Segundo delegada responsável, falhas humanas foram fator primordial para que acidente ocorresse
A delegada titular da 6ª DP (Cidade Nova), Maria Aparecida Mallet, afirmou nesta segunda-feira (6) que indiciou quatro pessoas pelo acidente com o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, que deixou mais de 20 pessoas feridas no domingo de carnaval (26), na Marquês de Sapucaí. O motorista Francisco de Assis, o engenheiro Edson Gaspar e os diretores de carnaval, Leandro Azevedo, e de alegorias, Jaime Benevides, responderão por imperícia, imprudência e negligência.
O motorista foi indiciado também por lesão corporal culposa. Segundo a polícia, apesar de ter avisado sobre a dificuldade de enxergar a pista, ele poderia ter se recusado a dirigir, mas não o fez. Por isso, será responsabilizado no artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro (lesão corporal culposa decorrente de acidente de trânsito).
"No acidente da Tuiuti não foi dada condição mínima ao motorista para conduzir o carro alegórico. Quando ele alinhou na Sapucaí foi acoplada a outra parte da alegoria e ele ficou sem visibilidade nenhuma", afirmou a delegada, segundo quem Francisco reclamou com o diretor de alegoria, que lhe disse para ir "assim mesmo".
Maria Aparecida disse ter chegado à conclusão sobre os responsáveis pelo acidente após ouvir novamente, no sábado (4), o motorista e diretor de carnaval da Tuiuti, para esclarecer dúvidas sobre a condução do carro alegórico durante o desfile. Ainda segundo ela, o laudo pericial referente ao caso deverá ser concluído até o fim desta semana.
Imagem mostra o momento em que jornalistas são imprensados por carro alegórico da Tuiuti na Sapucaí (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
A delegada ressalta que, das 24 vítimas do acidente, apenas uma, Ana Cláudia Fernandes, representou criminalmente contra a escola.
"Se não fosse por ela, eu não poderia nem mesmo instaurar inquérito", destacou.
Quanto ao acidente da Unidos da Tijuca, a delegada informou que uma das mais de 20 vítimas prestou depoimento e afirmou que o carro não estava superlotado. Só o projeto da alegoria e o laudo pericial poderão esclarecer se a estrutura foi projetada para suportar o peso que recebeu no desfile.
Presidente da Unidos da Tijuca chegou por volta das 13h50 na delegacia (Foto: Alessandro Ferreira / G1)
O presidente da escola, Fernando Horta, e o responsável pela empresa que fazia a manutenção das alegorias, Mildemberg Batista, serão ouvidos nesta segunda-feira. Por volta das 13h50, Horta chegou à delegacia. A delegada quer que ele esclareça as responsabilidades pela construção, manutenção e segurança das alegorias. Já de Batista são esperadas informações de natureza técnica sobre os carros.
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