Brasil
Manutenção preventiva de para-raios evita danos durante tempestades
Arquiteto alerta para os riscos que os raios podem provocar quando não há proteção adequada
Fenômeno mais frequente durante os períodos de chuvas mais intensos, principalmente nos primeiros meses do ano, os raios duram menos de meio segundo, tempo suficiente para causar grandes consequências à vida de uma pessoa ou também danos aos equipamentos elétricos. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que cerca de 50 a 60 milhões de raios caiam no Brasil todos os anos, deixando o país no topo do ranking de lugares com maior incidência de raios no mundo. A cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro, é considerada a que possui maior índice do país quando contabilizado por quilômetro quadrado, enquanto que a cidade de São Paulo ocupa o primeiro lugar no Sudeste com mais de 20 mil descargas registradas por ano.
Como forma de evitar ou minimizar os impactos dos efeitos das descargas atmosféricas, os Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA’s), popularmente chamados de para-raios, são uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) segundo a norma NBR 5419/2005. Os itens são obrigatórios em edificações industriais ou comerciais com mais de 1500 m² de área construída, em edificações com mais de 30 metros de altura, em áreas destinadas a depósitos de explosivos e inflamáveis e outras construções em que a periculosidade se justificar. A principal função de um SPDA é encaminhar a energia do raio no momento que atinge o edifício até o aterramento de forma segura.
De acordo com Renato Carneiro, arquiteto da rede Master House Manutenções e Reformas, é fundamental realizar a manutenção periódica ou vistoria preventiva de um para-raios após reformas ou quando a edificação for atingida diretamente por uma descarga. “Um prédio residencial ou comercial pode sofrer sérios danos se atingido por um raio e não possuir a proteção adequada. Além de danificar equipamentos elétricos, pode chegar a risco de incêndio. Por isso, o SPDA precisa ser colocado em lugar alto, já que os raios atingem os pontos mais altos durante uma tempestade. Em geral, os equipamentos são instalados nos topos de edifícios, antenas de transmissões de emissoras de TV ou rádio”, destaca.
Um raio nada mais é do que uma descarga elétrica de grande intensidade com cerca de 20 miliamperes, a mesma intensidade de mil chuveiros elétricos. Por isso, toda a atenção com os para-raios deve ser redobrada e a manutenção preventiva deve ser prioridade. “A falta de SPDA pode causar danos não somente aos equipamentos domésticos, mas ao cair sobre uma pessoa, pode provocar queimaduras, parada cardíaca, parada respiratória e, eventualmente, provocar a morte”, salienta Carneiro.
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