Brasil
AM, RN e RR pedem envio de tropas das Forças Armadas para atuar em presídios
Possibilidade de envio dos militares foi anunciada pelo governo em razão da crise nos presídios do país

A possibilidade de envio dos militares foi anunciada pelo governo nesta terça (17), em razão da crise no sistema carcerário de todo o país. Ao longo das últimas semanas, várias rebeliões foram registradas, com mortes e fugas de presos.
Somente nos primeiros 15 dias do ano, rebeliões em complexos penitenciários desses três estados resultaram no massacre de 56 presos em Manaus (AM), na morte de 31 detentos em Boa Vista (RR) e na morte de 26 pessoas na Grande Natal (RN).
Além disso, somente nesta semana, nove pesoas ficaram feridas durante rebelião em Minas Gerais e 28 presos fugiram de uma penitenciária no Paraná.
Mais cedo, nesta quarta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que, inicialmente, mil integrantes das Forças Armadas serão mobilizados para as operações nos presídios.
Segundo Jungmann, as Forças Armadas estarão prontas para as missões nos presídios em oito ou dez dias. Isso não significa, de acordo com o ministro, que as operações vão começar dentro desse período.
"Nós estaremos em condições operacionais, não é que iniciemos [as operações], mas dentro de 8 ou 10 dias estaremos, em termos operacionais, prontos", afirmou.
Temer com governadoresNesta quarta, o presidente Michel Temer recebeu em Brasília representantes de governos de nove estados das regiões Norte e Centro-Oeste para discutir a crise no sistema carcerário.
Após o encontro, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que os estados de AC, AM, AP, MT, MS, PA, RO, RR e TO aderiram ao Plano Nacional de Segurança e admitiram a presença de militares das Forças Armadas em presídios - a anuência dos governadores, porém, não quer dizer que os nove estados tenham solicitado a ajuda federal.
Durante a reunião com os nove representantes dos governos, o presidente afirmou que a presença das Forças Armadas nos presídios será um fator de "atemorização". Pela manhã, ao participar de um evento em Brasília, Temer já havia falado sobre a crise penitenciária, e a classificou como um "drama infernal".
Intervenção federalDiante do cenário de crise no sistema carcerário, a Procuradoria Geral da República abriu quatro processos para investigar os presídios dos estados de Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rondônia. Dependendo da avaliação, o órgão informou que poderá até pedir intervenção federal ao STF.
Recentemente, com o avanço do caos nas penitenciárias, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também tornou pública uma nota na qual afirmou que o poder público precisa "reassumir" o controle dos presídios, atualmente "controlados pelas facções".
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