Brasil
Testemunhas reconhecem autor de espancamento de ambulante no metrô
odas as pessoas chamadas pela polícia confirmaram que Ricardo Nascimento Martins é o autor do crime
As 14 testemunhas convocadas pela polícia de São Paulo para fazer o reconhecimento de Ricardo Martins do Nascimento nesta quarta-feira (28) confirmaram que ele participou do espancamento do ambulante Luiz Carlos Ruas no último domingo (25) na Estação Pedro II. O espancamento foi registrado pelas câmeras do Metrô. Ruas foi socorrido, mas não resistiu.
Ricardo foi preso na noite de terça-feira (27) em Itupeva, no interior de São Paulo. Poucas horas depois, na manhã desta terça, ele foi colocado diante de 14 pessoas que estavam na Estação Pedro II no domingo. Todas reconheceram o agressor, segundo o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, que investiga o caso.
As testemunhas foram levadas para a delegacia do Metrô, na Estação Palmeiras/Barra Funda. Segundo o delegado, elas permanecem no local porque há a expectativa de que o outro suspeito de participar do espancamento, Alípio Rogério dos Santos, entregue-se à polícia nesta quarta.
Entre as testemunhas presentes está a travesti Raíssa, que segundo a investigação policial foi defendida por Ruas pouco antes de ele ser espancado. O vendedor teria tentado defender a travesti e um morador de rua homossexual que teriam sido agredidos por Ricardo e Alípio Rogério Belo dos Santos, ainda foragido.
Ao ser preso na noite de terça-feira, Martins afirmou estar arrependido e que estava alterado após consumir “cachaça”.
Recompensa
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo publicou nesta quarta no Diário Oficial do estado uma resolução que fixa em até R$ 50 mil a recompensa para quem der informações que levem à prisão dos autores da morte do ambulante Luiz Carlos Ruas.
A polícia busca Alípio Rogério Belo dos Santos, suspeito de matar o ambulante juntamente com Ricardo Martins. A polícia suspeita que Alípio esteja escondido no litoral de São Paulo. O advogado da dupla, Marcolino Nunes Pinho, afirmou que o suspeito não vai se entregar, mas que deseja colaborar com as investigações. O advogado afirma que a dupla atuou em legítima defesa e pede a suspensão da prisão temporária contra seus clientes.
As denúncias devem ser feitas pela internet ao Disque-Denúncia, segundo a secretaria, por meio do site do programa. Não é preciso se identificar.
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