Brasil
Polícia diz que sobrinha-neta de José Sarney foi morta por asfixia
Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto foi encontrada morta em casa
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirma que a sobrinha-neta do ex-presidente da República e senador José Sarney, Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, foi vítima de uma tentativa de estrangulamento e morreu por asfixia na noite de domingo (13) em seu apartamento no bairro Turu, em São Luís.
Segundo informações do delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo, a investigação aponta o cunhado da vítima, Lucas Leite Ribeiro Porto, de 37 anos, casado com a irmã de Mariana, como o principal suspeito. Ele acrescenta que o próximo passo da investigação é tentar descobrir a motivação do crime.
“A investigação vai precisar que ela tenha continuidade, inclusive, para se esclarecer posteriormente a motivação desse fato. Posso afirmar com precisão já que houve sim um homicídio; que a causa da morte foi inicialmente uma tentativa de esganadura, mas possivelmente uma sufocação e isso corrobora com provas testemunhais, considerando que a pessoa que encontrou a vítima disse que ela estava despida na cama de seu quarto com o travesseiro sobre o seu rosto. Outras evidências apontam o seu Lucas como sendo a única pessoa que esteve na companhia da vítima no período que é apontado como o momento de sua morte”, revelou o delegado-geral.
Ainda conforme Lawrence Melo, imagens do circuito interno do condomínio também estão sendo utilizadas na investigação e, de acordo com ele as imagens demonstram o suspeito bastante nervoso, o que leva crer para a polícia a sua participação na morte de Mariana.
“Câmeras que são localizadas na residência da vítima, no condomínio onde ela morava, apontam isso, mostram o seu Lucas chegando e posteriormente descendo do nono andar pelas as escadas. Ele não utiliza o elevador. Ele desce correndo e está com uma aparência de estar transtornado com algum evento grave que teria acontecido. Ao chegar no térreo ele passa a mão no rosto, faz uma ligação. Essa ligação posteriormente ele nega.
O delegado diz também que o suspeito tentou apagar evidências de sua possível participação na morte de Mariana. "Ficou demonstrada é que o senhor Lucas tenta apagar diversas evidências que tanto colocam ele no local do crime como, por exemplo, ele apagou registros do celular, ele se desfez das roupas que ele utilizava no momento em que ele visita o apartamento da vítima e se negou a entregar as imagens do condomínio no qual ele é sindico, no qual ele reside para que se fique demonstrado o horário em que ele chega nesse condomínio. O fato é que a investigação aponta que ele não foi diretamente para o seu apartamento. Ele foi para a sauna do condomínio onde ele reside como se tentasse limpar e apagar, mais uma vez, evidências aí que ligam ele a esse evento trágico”, contou Lawrence Melo.
Lucas Porto foi preso como suspeito da morte de Mariana Costa, em São Luís (MA) (Foto: montagem:G1)
O delegado-geral também diz que foram constatadas lesões pelo o corpo de Lucas Leite, o que demonstra que ele se envolveu em uma luta corporal. “Além disso, ele tinha lesões no pulso, tórax e no rosto. Lesões essas que demonstram que ele esteve envolvido em uma luta corporal. Lesões que são apontadas pela a perícia como lesões de defesa. Então, há uma possibilidade maior é que no evento no qual ele pé apontado como o principal suspeito. A vítima ao tentar se defender tenha lesionado o senhor Lucas e ele não dá nenhum esclarecimento, não dá nenhuma outra possibilidade explicando o motivo dessas lesões”, finalizou.
O G1 busca ouvir a defesa de Lucas Porto.
Após ser ouvido nesta manhã na Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoa (SHPP), Lucas Leite Ribeiro Porto foi encaminhado para Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Mariana Costa foi encontrada morta em sua residência (Foto: Arquivo pessoal)
Entenda o caso
Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto tinha 33 anos e foi encontrada morta na noite de domingo (13), em seu apartamento, no nono andar de um condomínio, na Avenida São Luís Rei de França, no bairro Turu, em São Luís. Ela era filha do ex-deputado estadual Sarney Neto e sobrinha-neta do ex-presidente da República e senador José Sarney.
A suspeita é de que a morte tenha sido por asfixia, mas o laudo pericial ainda não foi divulgado. O cunhado de Mariana, Lucas Leite Ribeiro Porto, é o principal suspeito de praticar o crime. Ele está detido no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A polícia investiga o que pode ter motivado o crime.
O velório de Mariana ocorre na Igreja Batista do Olho d'Água (IBOA), no bairro Olho d'Água. O sepultamento será no cemitério Parque da Saudade, no bairro Vinhais, às 16h desta segunda-feira (14). Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto era casada e tinha duas filhas, ainda crianças.
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