Brasil
Estudante morta por PM em festa é enterrada em São José dos Campos
Enterro aconteceu no cemitério Parque das Flores, zona sul de São José. Corpo de Policial Militar foi levado para Minas Gerais para enterro.
O corpo da estudante de direito Mariana Angélica, de 22 anos, morta em uma festa universitária neste sábado (22) em São José dos Campos (SP) foi enterrado na tarde deste domingo (23). O enterro aconteceu no Cemitério Parque das Flores, na zona sul de São José dos Campos. A aluna de Direito foi morta pelo policial militar Wellington Landim, de 24 anos, que se matou logo após o crime. Segundo a polícia, os dois tinham um relacionamento.
A estudante e o policial participavam de um churrasco pré-formatura em uma chácara no bairro Vila Rossi, na zona norte da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, os jovens chegaram juntos na festa e, durante a discussão, o policial, que estava de folga, efetuou dois disparos contra a estudante. Ele se matou em seguida. Um jovem de 22 anos foi atingido de raspão por resquícios das cápsulas disparadas pela arma de Wellington.
O enterro aconteceu às 16h30 e foi marcado pela comoção de familiares e amigos em um cemitério particular. A imprensa não pôde entrar no local. O corpo do policial militar Wellington Landim foi encaminhado para Arantina, em Minas Gerais para velório e enterro.
O caso foi registrado como homicídio, suicídio consumado e lesão corporal. Foi realizada perícia no local e exames necroscópicos e toxicológico no policial envolvido. A pistola utilizada na ação foi apreendida. A Polícia Civil ainda está investigando as causas do crime.
O advogado Jamil José Saab da empresa Atlas Imagem & Cia, uma das organizadoras da festa, disse que os seguranças pediram para o policial, que seria convidado da estudante, não entrar armado no local. O homem, porém, teria se recusado a deixar o revólver no carro, alegando que por ser policial, poderia permanecer armado no evento.
AmigosO crime aconteceu durante uma festa pré-formatura com universitários de várias instituições. Eles contam que a cena chocou o grupo. A jornalista Jéssica Magalhães, de 24 anos, presenciou a cena do crime.
"Não parecia real, não teve grito, nem nada. Todos ficaram congelados, foi um momento de muito choque e só depois que a ficha caiu", contou. Segundo ela, após a ação do policial, houve correria no local e os estudantes tentavam se acalmar até a chegada de equipes policiais e de socorro.
Uma estudante que estava na festa e também prefere não se identificar, afirmou que o crime aconteceu durante o encerramento do churrasco. "Tudo aconteceu do meu lado, vi a menina caindo no chão e depois ele atirando nele mesmo. Até falamos que era uma brincadeira sem graça, mas aí percebemos que não era, e bateu o desespero. Ninguém sabia se eles ainda estavam juntos ou não", afirmou a estudante.
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