Turismo

Olho d‘Água do Casado no Mapa do Turismo Brasileiro

Município integra roteiro turístico Caminhos do São Francisco com atrativos naturais, histórico e cultural

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte / Tribuna Independente 08/10/2022 08h20
Olho d‘Água do Casado no Mapa do Turismo Brasileiro
O Rio São Francisco foi generoso com Olho d’Água do Casado com roteiro pelo cânion, iniciando pela Praia da Dulce com beleza natural e singular - Foto: Jorge Holanda / Divulgação

A região do Baixo e Alto São Francisco em Alagoas, conhecida como roteiro Caminhos do São Francisco, reúne importantes municípios do ponto de vista histórico e cultural, além de uma infinidade de atrativos turísticos naturais como encontrados em Pão de Açúcar, Traipu, Água Branca e Porto Real do Colégio. Talvez o mais importante deles seja o mais conhecido, é um mundo de surpresas e de atrações turísticas de tirar o fôlego de qualquer um. Nesse universo vale destacar Olho d'Água do Casado, que após entrar no Mapa do Turismo Brasileiro, vem se consolidando no turismo de Alagoas, já que é uma mistura perfeita para agradar tanto os que procuram para relaxar e tranquilidade, quanto quem quer um pouco de agito, sobretudo aquele de aventura.

Velho Chico

O Rio São Francisco foi generoso com o município, distante pouco mais de 270 km de Maceió. Aqui a beleza natural foi singular. O roteiro pelo cânion do São Francisco, partindo da praia da Dulce, em Olho D’Água do Casado, com passagem pelo Vale dos Mestres e parada tradicional no Paraíso do Talhado é um dos portais de embarque para se conhecer a região, seus afluentes e prainhas. A praia da Dulce fica localizada a pouco mais de 2 km da estrada de piçarra do centro da cidade. Chegando lá, o primeiro contato da prainha se tem de cima, de um barranco de areia escura em meio ao bioma de caatinga.

Vale

O Vale dos Mestres é um local de completo fascínio para quem gosta também do contato com a natureza com uma pitada de misticismo. A localidade também atrai aventureiros que chegam até lá através de trilhas.

Mas o município não é somente os cânions do Velho Chico.

A 16 km do centro a vegetação da caatinga revelou um patrimônio histórico e cultural, que na linguagem popular dos sertanejos mais velho ficou conhecido como “letreiro do caboclo brabo”, que na verdade são as pinturas rupestres, ou desenhos pré-históricos inéditos em sítios arqueológicos, localizados do assentamento Nova Esperança, na região do Purdinho, zona rural da cidade.

As imagens descobertas em 2016, em três pontos sugerem figuras de homens e animais, além de formatos geométricos, sempre em fendas de formações rochosas do tipo arenito.

Ao lado delas, pequenas escavações no chão, como se fossem pilão para amassar sementes, inclusive de ocre, que, junto ao óxido de ferro e gordura animal, serviam de tinta para as pinturas rupestres. Ranhuras na parede das fendas também formavam os desenhos.