Turismo

Reabertura das atividades turísticas em Alagoas é cada vez mais incerta

Avaliação é generalizada entre empresários do ramo hoteleiro dos principais polos turísticos do estado

Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Independente 13/05/2020 08h05
Reabertura das atividades turísticas em Alagoas é cada vez mais incerta
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o decreto do Governo do Estado de Alagoas, que tem enceramento previsto para o dia 20 de maio, e caso seja prolongado, ou mesmo decretado um mais rígido, por exemplo, com o lockdown, ou seja, fechamento total de todas as atividades, mesmo aquelas que já foram flexibilizadas, só aumenta a incerteza do trade turístico alagoano em uma possível data para retornar as atividades. A avaliação é generalizada, sobretudo, para os empresários do ramo hoteleiro dos principais polos turísticos de Alagoas. Se em Porto de Galinhas, em Pernambuco, o segundo estado com mais casos confirmados pelo Covid-19 no Nordeste, que representa ainda o segundo polo mais importante como destino turístico pernambucano, os hoteleiros já estão se organizando para formalizar um protocolo que tem o claro objetivo de estarem prontos para a retomada das atividades, provavelmente no segundo semestre, uma iniciativa da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas, que criaram o Comitê Gestor de Qualidade, em Alagoas, apesar de algumas regiões turísticas, como os Cânions do São Francisco, a Costa dos Corais e mais recentemente a região das Lagoas e Mares do Sul, anunciaram uma possível retomada, o futuro parece ainda incerto. Para a região da Costa dos Corais, o anúncio feito pelo Grupo Amarante, principal empresa do setor hoteleiro da região, com três hotéis, o Salinas Ipioca, o Japaratinga Resort e Salinas Maragogi, de que vai retornar as atividades somente a partir do dia 1º de julho, foi uma ducha de água fria. O grupo informou que as reservas para esse período poderão ser reagendadas sem custo através do website ou canais de atendimento até 24h antes da data original de check-in. As diárias poderão ser utilizadas em qualquer período de 2020 ou 2021, exceto os que contemplem os pacotes de Natal, Réveillon, janeiro e Carnaval. Na Rota Ecológica, por exemplo, a ideia de muitos hoteleiros era reabrir a partir de 1º de junho, com metade dos colaboradores, respeitando todas as medidas de higienização e, sobretudo, adotando os protocolos internacionais exigidos pela Organização Mundial de Saúde. Mesma tendência era a de muitos empresários da Região do Vale e cânions do São Francisco, que pretendia ensaiar uma pequena reabertura ainda no primeiro semestre. Agora, a instância de governança da região turística Lagoas e Mares do Sul, que reúne todos os municípios turísticos do Litoral Sul, começam a discutir a retomada do turismo pós-pandemia. Em reunião realizada com técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo, avaliou que a retomada exigirá dos destinos turísticos, empresários e turistas, uma nova conduta visando às condições sanitárias e de higiene impostas pela proliferação do novo coronavírus. Abrangendo importantes destinos turísticos como Marechal Deodoro, Barra de São Miguel, Jequiá da Praia e Coruripe, o encontro debateu critérios e medidas que serão implementadas levando em consideração as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para um protocolo de retomada com os procedimentos de segurança para os turistas e para todos os players da cadeia do turismo. Estratégias comerciais de divulgação e promoção dos destinos e o diálogo com as prefeituras dos municípios turísticos também foram pauta do encontro on-line.