Saúde

Maceió registra cinco casos do vírus VSR

Virose vem se alastrando em todo o país; prevenção é necessária para combater enfermidades respiratórias

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 14/05/2025 08h15 - Atualizado em 14/05/2025 08h31
Maceió registra cinco casos do vírus VSR
SUS vai incorporar vacina contra vírus da bronquiolite - Foto: Reprodução

A capital alagoana, Maceió, já registrou cinco casos e nenhum óbito do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador da bronquiolite, conforme dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió.

Para evitar o contágio, explicou a pasta da Saúde em Maceió, é necessário adotar as mesmas medidas de prevenção contra todos os demais vírus respiratórios, como Covid-19 e Influenza.

“Lavar as mãos com água e sabão, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, usar lenço descartável ou o cotovelo para cobrir a boca e o nariz. Além disso, durante o período de recuperação, é recomendado que o paciente fique em repouso e em isolamento”, ensinou a Secretaria de Saúde da capital.

O Brasil vem registrando aumento dos casos de infecção pelo VSR e Influenza A. Desde o início de março, há um crescimento quase constante desses agentes infecciosos, sendo que o VSR apresentou a maior taxa de positividade para o período dos últimos três anos.

Atualmente, mais da metade do país (16 das 27 unidades federativas) apresenta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível de alerta risco ou alto risco.
Os dados são do relatório divulgado pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que monitora a circulação de patógenos respiratórios a partir de registros de laboratórios privados, e do boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Secretaria de Estado da Saúde não enviou, até o fechamento desta edição, números sobre o VSR em Alagoas.

Para que os números não cresçam também no estado, a adesão da população à vacinação contra Influenza é importante. Em todo o ano passado, foram registrados, no estado, 232 casos e 52 óbitos. Neste ano, de janeiro a abril, ocorreram 15 casos e nenhum óbito.

Do total de casos de Influenza registrados em Alagoas no ano passado, 110 aconteceram em Maceió. A capital registrou 16 óbitos. Também em 2024, foram vacinadas 269.122, de um total de 357.883 pessoas aptas a receber a dose imunizante, o que equivale e uma cobertura de 57,54%.

Neste ano, até o momento foram somados 12 casos Influenza na capital e nenhum óbito. De uma forma geral, foram imunizados 11,52% da população apta a receber a proteção. Separando-se em grupos, temos uma cobertura de 8,14% entre as crianças, 14,04% nos idosos e 5,80% nas gestantes.

A Região Sudeste, o estado de Goiás e o Distrito Federal concentram o maior número de casos de VSR. Já o vírus Influenza A, que causa gripe, vem aumentando desde dezembro em todas as faixas etárias, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, levando a grande número de hospitalizações e casos de SRAG.

Rede pública disponibiliza medicamentos

A vacina contra influenza deve ser aplicada anualmente, porque o vírus sofre mutações e os imunizantes são atualizados conforme as cepas em circulação. Além disso, a imunidade resultante da vacina dura, em média, de seis a 12 meses. Por isso é preciso se vacinar todo ano, no outono.

Em 2025, a campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde começou no dia 7 de abril, voltada para grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, idosos com 60 anos ou mais, povos indígenas, população quilombola e pessoas em situação de rua.

Já no caso do VSR, está disponível na rede pública o palivizumabe (Astrazeneca), anticorpo que previne formas graves de infecção em bebês de alto risco.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), as doses podem ser aplicadas gratuitamente em prematuros que nasceram com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias, no primeiro ano de vida; e em bebês com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita com repercussão, independentemente de idade gestacional ao nascer, até os dois anos de idade.
Na rede privada, há duas vacinas disponíveis: a Arexvy (GSK), específica para idosos, e a Abrysvo (Pfizer), destinada a idosos, adultos com comorbidades e gestantes. Ela induz uma resposta imunológica na mãe, de modo que os anticorpos são transferidos ao feto ainda na gravidez. Ela foi aprovada para uso entre 24 e 36 semanas de gestação – para fazer efeito, deve ser tomada no mínimo duas semanas antes do parto.