Saúde

Alagoas deve registrar 430 casos de câncer de intestino

Previsão para 2025 é de Instituto Nacional, com prevalência para homens

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 28/03/2025 09h06
Alagoas deve registrar 430 casos de câncer de intestino
Marcelo Averbach, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Sírio-Libanês, destaca importância do diagnóstico precoce - Foto: Divulgação

Pelo menos 430 pessoas deverão receber o diagnóstico de câncer colorretal até o final deste ano em Alagoas. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que calcula ainda que do total, 220 são pacientes do sexo feminino e 210 pacientes do sexo masculino.

Análise realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) apontou que houve um crescimento na quantidade de casos da doença em um percentual de 80,3% no período de 2015 a 2023.

Alagoas perdeu em 2023, 159 óbitos pessoas para o câncer de cólon e reto. Entre os homens, houve 67 óbitos e entre as mulheres foram 92 mortes. Os números também são do Inca que não disponibilizou ainda os dados referentes à mortalidade causada pela doença no ano passado.

O Inca realiza, a cada triênio, a pesquisa “Estimativa de Câncer”. Os números listados valem para cada um dos anos do triênio 2023 a 2025. Dados extraídos deste levantamento apontam que o número de novos casos de câncer colorretal estimados para o Brasil, para cada ano do triênio, é de 45.630, sendo 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.

Em relação à mortalidade no Brasil, em 2023 ocorreram 24.773 óbitos por câncer de cólon e reto. Entre os homens, houve 12.438 óbitos e entre as mulheres foram 12.335 mortes.

O Inca explicou que, com exceção dos cânceres de pele não melanoma, o câncer colorretal é o terceiro tipo de tumor que mais acomete a população no Brasil, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente tanto na população masculina quanto na feminina.

O mês de março é marcado pela campanha de conscientização ao câncer colorretal, denominada de “Março Azul Marinho”. Até o próximo dia 31, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia e o Ministério da Saúde reforçam a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer de intestino ou colorretal.

Em Alagoas, a médica Carla Lessa, especialista em endoscopia e colonoscopia, afirmou que a incidência de câncer colorretal só perde para o câncer de próstata nos homens e para o câncer de mama nas mulheres.

Ao traçar um perfil dos pacientes de câncer colorretal, as estatísticas apontarão, conforme a médica Carla Lessa, para pessoas acima de 50 anos, com história de câncer na família ou de pólipos, além de portadores de doença inflamatória intestinal, fumantes, diabéticos, obesos, sedentários e consumidores de dieta pobre em fibras.

“Precisamos conclamar a população sobre a importância da prevenção. Quando o diagnóstico acontece de forma precoce as chances de cura giram em torno de 90% de cura. No entanto, em até 85% das vezes o diagnóstico é confirmado quando o câncer já está avançado. É na prevenção que podemos mudar radicalmente esse curso da doença”, frisou a médica.

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, chamado cólon, e no reto. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Os principais fatores de risco estão associados ao comportamento, como inatividade física, obesidade, consumo regular de álcool e tabaco, e baixo consumo de fibras, frutas, vegetais, bem como alto consumo de carnes vermelhas e consumo de carnes processadas (tais como bacon, salame, presunto, mortadela, salsicha e linguiça). Outros fatores de risco estão associados a condições genéticas ou hereditárias, como doença inflamatória intestinal crônica e histórico pessoal ou familiar de adenoma ou câncer colorretal, e ocupacionais, como exposição a radiações, por exemplo, raios X e gama.

Câncer atinge cólon e reto com certa incidência, sem discriminação quanto ao sexo (masculino ou feminino) e possui tratamento adequado (Imagem: reprodução)

Ccolorretal: tumores se iniciam no intestino grosso e no reto

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, chamado cólon, e no reto. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

Os principais fatores de risco estão associados ao comportamento, como inatividade física, obesidade, consumo regular de álcool e tabaco, e baixo consumo de fibras, frutas, vegetais, bem como alto consumo de carnes vermelhas e consumo de carnes processadas (tais como bacon, salame, presunto, mortadela, salsicha e linguiça). Outros fatores de risco estão associados a condições genéticas ou hereditárias, como doença inflamatória intestinal crônica e histórico pessoal ou familiar de adenoma ou câncer colorretal, e ocupacionais, como exposição a radiações, por exemplo, raios X e gama.

Os cânceres de cólon e reto apresentam alto potencial para prevenção primária.