Saúde

Justiça de Alagoas condena médicos, clínica e operadora Hapvida a indenizar paciente que perdeu a virgindade durante exame

Por Tribuna Hoje com agências 13/03/2025 11h15 - Atualizado em 13/03/2025 17h44
Justiça de Alagoas condena médicos, clínica e operadora Hapvida a indenizar paciente que perdeu a virgindade durante exame
Mesmo com as justificativas dos profissionais, a Justiça condenou e determinou a responsabilidade solidária de todos os réus. A decisão ainda cabe recurso - Foto: Reprodução

A Operadora de Saúde Hapvida, uma clínica conveniada e dois médicos terão que pagar R$ 80 mil em indenização por danos morais a uma paciente que perdeu a virgindade após ser submetida a um exame ginecológico.

A decisão da Justiça alagoana decidiu que houve negligência e imprudência no atendimento, resultando na realização de um exame invasivo e desnecessário. A identidade da paciente não foi revelada.

A paciente informou ser virgem antes do procedimento, mas mesmo assim foi submetida ao exame sem o devido consentimento e sem explicação adequada sobre os riscos envolvidos.

A ginecologista responsável foi considerada a principal culpada por prescrever o exame de forma inadequada, desrespeitando a condição da paciente. A Justiça também atribuiu responsabilidade objetiva à Hapvida e à clínica conveniada, por fazerem parte da rede credenciada e não garantirem um atendimento adequado e respeitoso. O médico que realizou o exame também foi responsabilizado por não verificar corretamente as informações prestadas pela paciente.

Em sua defesa, a médica alegou que o procedimento foi realizado com critérios técnicos adequados. A Hapvida sustentou que a responsabilidade era da clínica e dos profissionais envolvidos. Por sua vez, a clínica atribuiu a culpa à ginecologista que solicitou o exame. Já o médico que realizou o procedimento argumentou que a responsabilidade cabia à médica e à clínica.

Mesmo com as justificativas dos profissionais, a Justiça condenou e determinou a responsabilidade solidária de todos os réus. A decisão ainda cabe recurso.