Saúde

Criança vítima de capotamento na Serra da Barriga recebe alta médica no HGE

Criança recebe os cuidados do HGE desde o dia do acidente, que aconteceu há nove dias

Por Josenildo Törres / Ascom Sesau/AL 04/12/2024 00h25
Criança vítima de capotamento na Serra da Barriga recebe alta médica no HGE
Criança recebe os cuidados do HGE desde o dia do acidente, que aconteceu há nove dias - Foto: Thallysson Alves / Ascom Sesau

Mais uma vítima do acidente na Serra da Barriga, em União dos Palmares, recebeu alta médica no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Desta vez, foi Gael Alexandre de Lima, de apenas dois anos, que deixou o hospital após receber assistência especializada da maior unidade de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A partir de agora, a ordem da família é enchê-lo de amor para que supere os traumas causados pela tragédia. O pai da criança, Joel Alexandre de Lima, de 41 anos, acompanhou o filho durante todo o período de internação. Ele lembra que o susto foi imenso, pois quando soube do acidente, não imaginou que o próprio filho poderia estar no ônibus. A notícia chegou por meio de um parente, quando estava no município de Correntes, em Pernambuco.

“Ele foi com a mãe, a tia e cinco primos. Quando a notícia chegou para mim de que ele estava entre os feridos, foi um baque muito grande. Fiquei angustiado e assim que consegui viajei para União dos Palmares para ver os meus familiares que estavam em casa e no Hospital Regional da Mata [HRM]. Enquanto isso, a mãe dele pediu para uma amiga vir ao HGE ficar com ele até a minha chegada”, recordou Joel, que é divorciado da mãe da criança e tem outros dois filhos.

A criança recebe os cuidados do HGE desde o dia do acidente, que aconteceu há nove dias (Foto: Thallysson Alves / Ascom Sesau)


A criança precisou ser internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica para avaliação de diferentes médicos especialistas, como ortopedistas, neurocirurgiões e pediatras. Após evoluir bem, foi transferido para enfermaria pediátrica, onde permaneceu até a alta hospitalar. Nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais e técnicos de enfermagem também participaram do tratamento.

“É uma alegria enorme para a gente dar alta à mais uma criança vítima do acidente na Serra da Barriga. Apesar de toda a gravidade do acidente, essa criança não sofreu nenhum dano cerebral, não sofreu fraturas e nem lesões graves. Ela vai embora, hoje, com o pai, muito bem, e vai ser acompanhada pela nossa rede ambulatorial no Hospital da Criança”, afirmou a médica pediatra Ana Carolina Ruela.

Segundo a pediatra Ana Carolina Ruela, o menor será acompanhado pelo Hospital da Criança (Foto: Thalysson Alves / Ascom Sesau)


Mãe também foi assistida pelo HGE

A mãe da criança, de 35 anos, também precisou da assistência especializada do HGE. Ela sofreu escoriações e uma fratura na coluna, identificada após a realização de ressonância magnética no Hospital do Coração Alagoano. Para facilitar a logística da família, a vítima retornou para o HRM para continuidade da assistência. A expectativa é que em breve ela possa encontrar o próprio filho.

“Enquanto isso, como eu trabalho em uma fábrica de laticínios e fico muito tempo fora de casa, o meu filho vai ficar com os avós, que na mesma rua moram tios e primos dele. Estamos muito sentidos por essa tragédia, que entre as perdas está uma tia, irmã da mãe do meu filho. Agradeço a todos pelas orações e por estarem nos ajudando a seguir com a vida”, explicou Joel Alexandre de Lima.

O HGE acolheu 12 vítimas do capotamento do ônibus na Serra da Barriga. Oito receberam alta médica, duas faleceram e uma pessoa foi transferida para o HRM. No momento, uma mulher, de 53 anos, permanece internada e o seu quadro de saúde segue estável. O diretor geral, Fernando Melro, comenta que todas as equipes trabalharam com coração para melhor assistir cada ferido.

“O HGE é gigante e tem mostrado que salva vidas. Realizamos um trabalho importante também no acolhimento aos acompanhantes de cada familiar, amparando-os com psicólogos e assistentes sociais. O nosso objetivo foi diminuir desconfortos e contribuir com a eficiência do trabalho desempenhado por nossos especialistas em cada caso. Desejamos que todos possam superar essa dolorosa fase”, afirmou o gestor.