Saúde
Doenças cardiovasculares causam cerca de 400 mil mortes por ano no BR
Uma das principais causas de morte no país são as doenças do coração, que causam 30% dos óbitos. Isso corresponde a 400 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde. Para tentar conter o avanço de doenças relacionadas ao consumo exagerado dessas substâncias, que aumentam o risco de doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e obesidade, desde abril deste ano, as empresas do setor alimentício são obrigadas por lei a incluírem em todos os rótulos de produtos informações sobre alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado ou sódio.
No Brasil, 60% dos adultos têm excesso de peso, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020. Além disso, um em cada quadro foi diagnosticado com obesidade: um total de mais de 41 milhões de pessoas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a diabetes no país, o que representa 6,9% da população nacional.
Justamente para alertar a população sobre esses riscos, durante o mês de Agosto, é comemorado o Dia de Combate ao Colesterol, uma data que destaca a importância de manter níveis saudáveis dessa substância no organismo para prevenir doenças cardiovasculares, que são as principais responsáveis pelos óbitos registrados anualmente no Brasil.
O desequilíbrio nos níveis de colesterol é um fator de risco significativo para problemas cardiovasculares. O colesterol elevado está associado ao aumento da incidência de AVC, infarto e morte súbita. No Brasil, as doenças cardiovasculares causam cerca de 400 mil mortes por ano, representando 30% do total de óbitos.
Além de uma alimentação saudável e prática regular de atividades físicas, é crucial realizar check-ups regulares para monitorar os níveis de colesterol. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, sempre sob prescrição e acompanhamento médico. “O colesterol elevado é um dos fatores de risco mais relevantes para problemas cardiovasculares, podendo causar infarto, AVC e até mesmo mortes. É essencial adotar hábitos saudáveis e realizar exames regulares para manter o colesterol sob controle,” afirma Herbert Mendes, cardiologista e docente do IDOMED.
De um modo geral, para manter o controle do colesterol, é recomendável consultar um médico para avaliação, realizar a prática de exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação equilibrada. Neste sentido, a nutricionista e professora da Estácio, Laís Marinho, pontua que é possível prevenir e combater o colesterol alto com ingredientes simples e receitas práticas. “A alimentação desempenha um papel importante na prevenção e controle desse problema. Alimentos facilmente encontrados em casa como Farinha de Linhaça, Aveia, Castanhas e Sardinha podem contribuir para a saúde do coração”, diz.
Benefícios desses alimentos1. Farinha de Linhaça: Rica em fibras e ômega-3, a farinha de linhaça auxilia na redução do colesterol LDL (colesterol ruim) e na promoção do HDL (colesterol bom). Pode ser adicionada a iogurtes, vitaminas e até mesmo utilizada em receitas de pães e bolos.2. Aveia: A aveia é uma excelente fonte de beta-glucana, uma fibra solúvel que ajuda a diminuir a absorção de colesterol no intestino. Consumir aveia no café da manhã, em mingaus ou adicionada a frutas é uma maneira prática de incluir esse superalimento na dieta.3. Castanhas: Castanhas, como nozes e amêndoas, são ricas em gorduras boas, fibras e antioxidantes. Incluir uma porção diária dessas oleaginosas pode contribuir para a redução do colesterol e proporcionar uma sensação de saciedade.
4. Sardinha: A sardinha é uma ótima fonte de ômega-3, que ajuda a reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol LDL. Esse peixe pode ser consumido grelhado, assado ou em saladas.
Limites recomendados
SAL
A ingestão de sal de mesa fornece 90% do sódio da nossa dieta. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que pessoas saudáveis consumam até 5 gramas de sal por dia. Para se ter uma ideia, isso equivalente a cerca de uma colher de chá.
No entanto, o consumo diário das pessoas acaba passando o limite estipulado porque ao sal da comida se soma o sódio presente em alimentos industrializados, como refrigerantes, bolachas, macarrão instantâneo.
AÇÚCAR
De acordo com a OMS, no máximo 10% das calorias diárias devem ser por consumo de açúcar. Considerando uma dieta de 2.000 calorias, esse percentual equivale a 50 gramas de açúcar por dia. Na prática, representa cerca de dez colheres de chá.
GORDURA SATURADA
Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a recomendação é que sejam consumidos apenas 22 gramas de gordura saturada por dia.
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