Saúde
Hospital do Coração Alagoano restaura saúde de paciente com mais de 90% de obstrução coronária
Aposentado foi submetido a uma cirurgia bem-sucedida e já se recupera em casa, após passar apenas três dias no hospital
O ex-agente de navegação Genilson Rodrigues de Oliveira, 65 anos, celebra uma nova chance de vida, após passar por um procedimento crucial de revascularização do miocárdio. Diagnosticado com mais de 90% de obstrução coronária, o aposentado foi submetido a uma cirurgia bem-sucedida no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, que durou três horas.
O paciente deu entrada na unidade em junho, após exames de rotina revelarem uma obstrução coronária significativa. O cirurgião cardiovascular Kleberth Tenório, um dos responsáveis pela operação, explicou que o paciente possuía a Doença Arterial Coronariana (DAC), que é resultado da obstrução das artérias coronárias, vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração.
“Essas artérias podem ser obstruídas por placas de gordura que vão se depositando em seu interior. A DAC tem origem multifatorial, desde a hipertensão arterial até a diabetes, incluindo o tabagismo, questões genéticas, estresse, sedentarismo e colesterol alto, fatores que podem desencadear a doença”, frisou Kleberth Tenório.
Segundo o especialista, as artérias coronárias são vitais para a irrigação do músculo cardíaco. Dependendo da avaliação médica, o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. No caso específico de Genilson, o procedimento de revascularização, também conhecido como cirurgia ponte de safena, foi necessário devido a múltiplas obstruções arteriais graves.
Três pontes de safena e mamária foram realizadas para restabelecer o fluxo sanguíneo adequado ao coração. O paciente contou que foi diagnosticado com DAC e chegou a iniciar o tratamento medicamentoso, entretanto, posteriormente, foi necessária a cirurgia. Atualmente em casa, o paciente se recupera satisfatoriamente.
“Comecei a sentir um cansaço quando fazia caminhada, e isso foi se agravando de um jeito, que eu cansava até em atividades rotineiras em casa, e precisava ir até a janela para respirar melhor. Então, resolvi fazer uns exames. Fui direcionado ao Hospital do Coração Alagoano, onde foi constatado que eu ir precisar de cirurgia. O procedimento foi muito rápido e a recuperação também. Fiquei só três dias no hospital. Sou muito grato a este hospital e aos profissionais. Fiquei surpreso com a qualidade da assistência, e hoje eu o tenho como referência em Alagoas para a área cardíaca”, enfatizou o paciente.
O problema
A obstrução coronária ocorre quando placas de ateroma se formam no interior das artérias coronárias, reduzindo o fluxo sanguíneo e podendo levar a sintomas como dor no peito e até mesmo ao infarto do miocárdio. Segundo o especialista, o procedimento de revascularização é rotineiramente realizado em casos de doença arterial coronária, que, no caso do Genilson, apontou como multiarterial grave.
“Nesta condição, duas ou três artérias são comprometidas por obstrução ou lesões graves, o que reduz significativamente o fluxo de sangue e oxigênio para o músculo cardíaco. A colocação de um enxerto de mamária e pontes de safena cria um novo caminho para o sangue fluir até o coração”, explicou o cirurgião cardiovascular Kleberth Tenório.
O cardiologista ressaltou que existem diferentes abordagens para tratar a obstrução coronária, desde procedimentos minimamente invasivos, como a angioplastia coronariana, até intervenções mais complexas, como a cirurgia de revascularização miocárdica. Após o tratamento é fundamental que o paciente adote um estilo de vida saudável e siga rigorosamente as orientações médicas para garantir a proteção contínua do coração.
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