Saúde

Junho Laranja: especialista alerta para a prevenção e o tratamento precoce da anemia

Doença atinge cerca de 30% da população mundial, principalmente crianças

Por Assessoria 25/06/2024 14h31
Junho Laranja: especialista alerta para a prevenção e o tratamento precoce da anemia
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) aponta que mais de 20% das crianças abaixo de cinco anos apresentam a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas - Foto: Divulgação

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a anemia é definida como uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal em virtude de alguns fatores, como carência de um ou mais nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas, o que gera riscos à saúde que podem se agravar sem o tratamento adequado. Ainda segundo a OMS, 30% da população global é anêmica, principalmente crianças de até dois anos de idade e mulheres adultas, apesar de também poder acometer adolescentes, homens e idosos.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) aponta que mais de 20% das crianças abaixo de cinco anos apresentam a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas. Devido a isso, a campanha junho laranja foi criada no intuito de diagnosticar, prevenir e tratar precocemente a anemia.

De acordo com a hematologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Harsumi Iwamoto, há vários tipos de anemias, que podem ocorrer por diversos motivos. “Há as anemias carenciais, desencadeadas por deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12. Há também as anemias que ocorrem devido a problemas na medula óssea, a fábrica do sangue, como é o caso de leucemias, mieloma múltiplo, anemia aplásica ou síndromes mielodisplásicas. Temos também as anemias hereditárias, como a doença falciforme, talassemias, esferocitose hereditária etc. E ainda podemos ter anemia por excesso de destruição das células sanguíneas, conhecido como hemólise, que pode ser tanto de origem hereditária, quanto autoimune”, explica.

Os sintomas são geralmente inespecífico e dependem do tipo de anemia, do valor da hemoglobina (quanto mais baixo, maior o desconforto) e da velocidade de instalação dessa condição. “Anemias que se desenvolvem de forma insidiosa tendem a ser menos sintomáticas do que aquelas de início súbito, mesmo com valores semelhantes de hemoglobina”, ressalta.

A especialista esclarece que para evitar a anemia são necessários alguns cuidados, como manter uma alimentação adequada, que ofereça uma ampla variedade de micro e macronutrientes, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

“Além disso, há grupos de risco mais suscetíveis, como gestantes, bebês prematuros e crianças de seis a dois anos de idade, pois recebem suplementação de ferro de forma profilática; adolescentes, devido ao estirão do crescimento e ao início da menstruação, pessoas que já fizeram cirurgia gástrica e pessoas com doenças disabsortivas, como a doença celíaca”, complementa.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico se dá por meio do hemograma, que mostra a presença ou não da anemia, mas geralmente são necessários outros exames complementares para diagnosticar qual o tipo. “Podem ser exames de sangue, como dosagem de vitaminas, de produtos de degradação das hemáticas, função tireoidiana, testes sorológicos e, em alguns casos, indica-se o exame da medula óssea, com mielograma ou biópsia”, elucida Hatsumi.

Segundo a médica, o tratamento vai depender da causa da anemia. “Como são diversas causas, há inúmeros tratamentos disponíveis. De forma geral, sempre devemos investigar a carência de algum nutriente e fazer a reposição quando necessário. Doenças oncohematológicas geralmente são tratadas com quimioterapia. As anemias hemolíticas autoimunes são manejadas com corticoterapia ou imunossupressores. Para casos graves de anemia, pode ser necessária a transfusão de sangue. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente”, frisa.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica


Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. A companhia, que possui mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 15,8 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 86 hospitais, 76 prontos atendimentos, 345 clínicas médicas e 294 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.