Saúde

CRF/AL alerta sobre os riscos da compra e uso de medicamentos falsificados

Por Assessoria 07/11/2023 14h34
CRF/AL alerta sobre os riscos da compra e uso de medicamentos falsificados
Jose Airton doa Santos Soares Chefe Especial da Vigilância Sanitária Municipal - Foto: Divulgação

Na última sexta-feira, 03, a Anvisa emitiu um alerta sobre a comercialização de lotes falsificados dos medicamentos ozempic e tysabri. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi comunicada pelos fabricantes sobre a falsificação.

Jose Airton doa Santos Soares Chefe Especial da Vigilância Sanitária Municipal informou que até o momento não recebeu qualquer notificação sobre a comercialização destes lotes em Maceió. O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Daniel Fortes, faz um alerta sobre a compra e uso destes medicamentos falsificados. “É fundamental que estes medicamentos sejam adquiridos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem original (dentro da caixa) e com nota fiscal”.

De acordo com ele, em caso de dúvidas sobre o medicamento, o paciente não deve utilizar o produto e podem entrar em contato com as empresas detentoras do registro para verificar a autenticidade. “É importante comunicar o fato a Anvisa por meio dos sistemas Notivisa (para profissionais de saúde) e ouvidoria pela plataforma FalaBR (para pacientes)”. O Conselho Regional de Farmácia de Alagoas também possui um canal de atendimento para esclarecer sobre esses questionamentos.

O presidente revela que os medicamentos falsificados são produzidos em laboratórios ilegais e muitas vezes possuem princípios ativos, datas de validade, embalagens e métodos de administração alterados. “Os medicamentos passam por regulação de órgãos da vigilância sanitária antes de chegar ao mercado, como por exemplo, testes de eficácia e segurança do fármaco que garantem a qualidade do produto. Os que são produzidos no mercado negro são completamente imprevisíveis quanto ao comportamento no organismo”.

Na prática, o uso de medicamentos falsos pode provocar sérios riscos à saúde, seja pela falta de eficácia ou pelos danos diretos ao paciente. “Desconfie se o medicamento é vendido sem receita médica e possui preço inferior ao medicamento original. O consumo de qualquer droga falsificada é um risco real à vida de uma pessoa”.

Lotes Falsos


A farmacêutica Novo Nordisk do Brasil, responsável pela produção do medicamento ozempic (usado para tratamento de adultos com diabetes tipo 2) informou à Anvisa sobre a presença de unidades do lote LP6F832 – cuja data de validade é novembro de 2025- no mercado brasileiro, que não é considerado válido pela empresa, portanto é um produto falsificado.

Já a farmacêutica Biogen Brasil produtos farmacêuticos, responsável pela produção do Tysabri (indicado para tratar esclerose múltipla), informou que o lote FF00336 válido até janeiro de 2026, foi produzido para fins institucionais e não comerciais. Segundo a empresa o lote possui características divergentes do medicamento original, como por exemplo, erro de ortografia do endereço da empresa responsável pela importação e distribuição no país; diferença na cor da faixa laranja e azul da embalagem; formatação das letras e ausência da inscrição em braile na embalagem.