Saúde
Curada de câncer de mama, estudante dá dica sobre alimentação
Outras dicas são fazer autoexmee comparecer ao consultório médico
A educadora física e estudante de Nutrição, Poliana Alves, contou para o TH Entrevista a sua história de superação, depois de vencer o câncer de mama aos 33 anos. “Eu passei por sete ciclos de quimioterapia e uma cirurgia de mastectomia radical modificada, seguida por 27 sessões de radioterapia. Após o tratamento, um exame PET-CT revelou que as células cancerígenas absorvem 15 vezes mais glicose do que as células normais, despertando a minha curiosidade”, contou.
Para pesquisar mais sobre o assunto, atualmente, Poliana Alves está se formando em Nutrição com o objetivo de ajudar outras pessoas na prevenção, tratamento e pós-tratamento do câncer, buscando a remissão total e compartilhando seu conhecimento.
“A minha maior dica para as mulheres é que façam o autoexame. É essencial, mas não descarta a presença no consultório médico periodicamente. Busque ter uma vida mais regrada na alimentação, evitando alimentos à base de farinha branca refinada, alimentos ultra processados e ricos em gorduras. Ter contato com a natureza e um sono restaurador também são essenciais para manter a saúde e prevenir o câncer”, orienta.
A idade com a qual Poliana descobriu o câncer de mama, mostra que a doença pode se manifestar em mulheres mais jovens, e não apenas depois dos 40 anos. O autoexame é essencial para que o câncer de mama seja detectado o quanto antes, aumentando as chances de cura.
Um estudo do Instituto do Câncer de São Paulo mostrou que diagnósticos de câncer de mama estão ficando mais frequentes em mulheres mais jovens. A médica Karina Belickas Carreiro, ginecologista, fez uma pesquisa para traçar o perfil do câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos. A médica analisou o caso de quase 500 pacientes jovens atendidas pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. E 68% delas estavam com o tumor já em estado avançado quando diagnosticadas.
O estudo mostrou também que a incidência de câncer de mama em mulheres jovens é maior no Brasil que a registrada em outros países. Nos Estados Unidos, apenas 5% das pacientes têm menos que 40 anos; no Brasil, são 15 %.
“A gente percebeu que as pacientes tinham tumores muito maiores, mais agressivos do que as pacientes mais velhas. Você precisava de mais medicação, demorava mais para conseguir um resultado bom”, explicou a médica em entrevista ao Jornal Hoje.
“O que a gente conseguiu perceber é que a idade da primeira menstruação influenciava na idade do diagnóstico. Então quem menstruava mais cedo tinha um câncer de mama mais cedo. Você vê a amamentação como um fator protetor não necessariamente evitar o câncer porque todo mundo tinha câncer, mas para você ter um câncer mais tardio, menos avançado”, relatou.
Para assistir à entrevista completa, acesse o canal Portal Tribuna no YouTube ou o portal tribunahoje.com .
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