O autismo é um transtorno do desenvolvimento que apresenta uma ampla variedade de características e comportamentos, e um desses aspectos que está ganhando destaque é o hiperfoco. Muitas vezes, o autismo é associado a desafios de interação social e comunicação, mas o hiperfoco é uma faceta menos conhecida que merece atenção. Ele se refere à capacidade de uma pessoa com autismo se concentrar intensamente em um tópico específico, muitas vezes de forma obsessiva, por longos períodos.

O hiperfoco pode se manifestar de diferentes maneiras, desde o profundo interesse por matemática, ciência, música, até colecionar objetos específicos ou estudar um tema de maneira obsessiva. Esse foco intenso pode ser uma força, permitindo que indivíduos com autismo desenvolvam conhecimento profundo e habilidades excepcionais em suas áreas de interesse. No entanto, também pode representar desafios, pois pode ser difícil para eles se desviarem desses interesses quando necessário.

De acordo com o neuropediatra e diretor do Centro Especializado em Transtorno de Espectro Autista (Cetea), Dr. Rodrigo Araújo, especialistas em autismo estão reconhecendo a importância de entender e apoiar o hiperfoco. Ele pode ser uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento pessoal e profissional, e muitos autistas encontram maneiras criativas de aplicar suas paixões em suas vidas. No entanto, é essencial equilibrar o hiperfoco com as terapias, além de outras habilidades e necessidades, garantindo que os indivíduos com autismo tenham oportunidades variadas para crescer e se desenvolver.

“À medida que a compreensão do autismo continua a evoluir, com o acompanhamento de terapias, o hiperfoco emerge como uma característica intrigante e complexa desse transtorno. A sociedade está cada vez mais consciente de que o autismo não é apenas sobre desafios, mas também sobre talentos e potenciais únicos. O apoio à diversidade e à inclusão de indivíduos autistas, incluindo o reconhecimento e a promoção do hiperfoco, é um passo importante em direção a uma sociedade mais inclusiva e acolhedora”, destacou o neuropediatra.

Sobre o Cetea:

O primeiro Centro Especializado em Transtorno de Espectro Autista (CETEA) inaugurado em Maceió - Alagoas. Uma clínica com estrutura de primeiro mundo, com tratamento terapêutico apropriado, com horários especiais, onde o paciente terá acesso a psicólogo, fonoaudiólogo e terapia ocupacional, psicomotricista, além de ter acompanhamento destes profissionais tanto na escola como em sua casa, interagindo com os pais, para que eles possam acompanhar a evolução da criança e poder tirar dúvidas. Os psicólogos trabalham a ciência ABA. Os fonoaudiólogos do CETEA têm habilitação em PROMPT, pois a qualidade no fornecimento das terapias é o pilar.