Saúde
Sesau orienta pais a vacinarem os filhos com a BCG para protegê-los da tuberculose
Imunizante disponibilizado pelo SUS pode ser aplicado já nas primeiras horas de vida do recém-nascido
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) reforça, junto aos pais e responsáveis, a importância da vacina Bacilo de Calmette e Guérrin (BCG). O imunizante, que protege contra a tuberculose, pode ser administrado, ainda na maternidade, poucas horas após o nascimento, ou nos postos de vacinação designados pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs).
Disponibilizada em dose única, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a BCG pode ser administrada, em casos extremos, até os 4 anos, 11 meses e 29 dias da criança. Entretanto, a prioridade é aplicar o quanto antes, conforme destaca a assessora do Programa Nacional de Imunização de Alagoas (PNI/AL), enfermeira Rafaela Siqueira.
Ela ressaltou que a vacina é imprescindível para prevenir formas mais avançadas da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. “A vacina é contra indicada apenas em situações de recém-nascidos com menos de 2 quilos. Nesses casos deve-se esperar até que o bebê atinja esse peso, ficando apto para receber o imunizante”, reforçou.
Rafaela Siqueira lembrou, ainda, que todas as vacinas são seguras e disponibilizadas gratuitamente pelo SUS. “A vacinação é um ato de amor e proteção que salva milhares de vidas no Brasil todos os anos”, enfatizou, lembrando que os pais devem portar a Caderneta de Vacinação para registrar a aplicação da dose do imunizante BCG.
A doença
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
Segundo informações do Ministério da Saúde, homens entre 25 e 40 anos são os mais afetados, fato que pode estar conectado ao estilo de vida dessas pessoas. Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano.
Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, tais como a pobreza e má distribuição de renda, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional. Cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e a doença leva mais de um milhão de pessoas a óbito anualmente.
Dados
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em 2022 foram registrados em Alagoas 1.208 casos de tuberculose e 85 óbitos. No primeiro semestre de 2022 foram notificados 408 casos e, no mesmo período deste ano, 354 casos foram registrados, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
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