Saúde
Cérebro e coração: entenda como a demência está relacionada à saúde cardiovascular
Caracterizada pela deterioração progressiva das funções cognitivas, incluindo memória, raciocínio, linguagem e habilidades sociais, a demência é uma síndrome que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo uma das principais causas de incapacidade e dependência entre pessoas idosas.
Mas o que poucas pessoas sabem é que, além de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer, ela também pode estar relacionada à saúde do coração, especialmente obstruções vasculares, como o Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como AVC. O alerta é do cirurgião cardiovascular do Hapvida NotreDame Intermédica, Dr. José da Silva Leitão.
"As pesquisas provam que existe uma robusta conexão entre a saúde do cérebro e a saúde do coração. Doenças cardíacas e doenças cerebrais compartilham muitos dos mesmos fatores de risco, incluindo pressão alta, diabetes, tabagismo, sedentarismo, colesterol alto e obesidade, por exemplo", explica.
Prevenção
Até 2050, o número de brasileiros vivendo com demência deve aumentar 206%, segundo pesquisa publicada na revista Lancet. Com isso, a quantidade de pessoas com a síndrome no País deve saltar de 1,8 milhões para 5,6 milhões nas próximas décadas.
"Podemos reduzir o risco de desenvolver demência simplesmente vivendo um estilo de vida saudável para o coração. Isso significa praticar atividades físicas por, no mínimo, 150 minutos por semana, e apostar em uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos e frutos do mar, principalmente peixe. Também é importante evitar alimentos processados e ricos em gordura, sódio e açúcar, além de reduzir o uso de álcool", aconselha o médico.
Entenda como funciona o tratamento para demências
Uma vez diagnosticada a demência, é importante estar atento à qualidade de vida do paciente e buscar auxílio médico para que o tratamento seja realizado de acordo com as necessidades do indivíduo.
"O tratamento inclui a administração de medicamentos que atuam aumentando alguns neurotransmissores no cérebro, bem como os sintomas neuropsiquiátricos, como ansiedade, depressão e insônia. Lembrando que o paciente também deve ser acompanhado por um médico cardiologista de maneira regular visando evitar agravos à saúde cardíaca", finaliza o especialista do Hapvida NotreDame Intermédica.
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