Saúde
Janeiro Roxo: hanseníase tem cura com diagnóstico precoce e tratamento eficaz
A hanseníase tem cura com diagnóstico precoce e tratamento eficaz, é o que revela a médica Káthia Monielly Tenório Nunes, do Departamento de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). A campanha Janeiro Roxo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é dedicada à conscientização da doença, que pode causar inúmeras sequelas se não diagnosticada e tratada rapidamente.
A doença é transmissível, no entanto, logo após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão durante o tratamento e o paciente pode conviver em meio à sociedade. Os sintomas podem incluir alterações na pele, como manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, pouco visíveis e com limites imprecisos e com alteração da sensibilidade no local.
“A transmissão se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Por isso, o domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença”, revelou a médica.
Segundo a médica, na década de 1980 foi introduzido o tratamento chamado poliquimioterapia (PQT), que destrói o bacilo, tornando-o incapaz de infectar outras pessoas, rompendo cadeia epidemiológica da doença. O tratamento é realizado ambulatorialmente com o comparecimento mensal do paciente à unidade de saúde para a consulta e nova dose supervisionada da medicação.
O tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pode variar entre seis meses, nas formas paucibacilares, a um ano, nos multibacilares. Os cuidados podem ser prorrogados ou a medicação substituída em casos especiais.
“A hanseníase é uma doença curável, mas dependendo do seu estágio de evolução pode deixar sequelas em seu portador. Por isso é fundamental o diagnóstico e tratamento precoce visando evitar complicações e garantir uma recuperação completa. Além disso, o acompanhamento psicológico, ainda no início do diagnóstico, é significativo e relevante devido ao impacto que a descoberta causa, devido ao grande estigma sobre a doença”, pontuou.
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