Saúde
Anestesias para exames estão cada vez mais modernas e seguras
Risco de acordar durante o procedimento é baixo, mas profissionais estão preparados
Tudo começa com uma consulta. A primeira, com o especialista que vai requisitar exames para o diagnóstico ou terapêutica do problema que o paciente pode ter. A segunda, com o anestesista. Esta é fundamental para definir o tipo de anestesia e as drogas anestésicas que serão administradas no paciente.“A consulta deve ser feita uma semana antes do procedimento. Ela serve para o anestesista coletar informações importantes, como avaliar doenças pré-existentes, alergias, medicações em uso, cirurgias prévias, exames realizados, além de avaliar o estado de saúde atual. Também tem como finalidade orientar o paciente sobre o jejum, medicações a serem suspensas e esclarecer dúvidas sobre a anestesia”, explica o anestesiologista da Santa Casa de Maceió e da Clínica de Anestesiologia de Maceió (CAM), Jadielson Higino de Almeida.
Existem vários exames terapêuticos ou diagnósticos nos quais a anestesia se faz necessária para diminuir a ansiedade e evitar a dor. Endoscopia digestiva alta, colonoscopia, cateterismo cardíaco, angiografia, biópsias estão entre elas. Nos casos da ressonância nuclear magnética e da tomografia computadorizada, o paciente precisa ficar imóvel durante o procedimento. A anestesia também é indicada para crianças, pacientes claustrofóbicos ou com movimentos involuntários.
Antigamente, a queixa de acordar durante uma endoscopia era muito comum. Isso acontecia porque o médico que fazia o exame era o mesmo que aplicava a sedação. Como a anestesia tinha que ser leve, ele precisava estar atento ao procedimento, e, ao mesmo tempo, monitorar os sinais vitais do paciente.
“Com a evolução das drogas anestésicas e a presença do anestesiologista durante o exame, esse risco diminuiu bastante. Entretanto, alguns pacientes podem ser mais resistentes às medicações utilizadas na sedação, como os pacientes com doenças no fígado, os usuários crônicos de álcool ou de medicações para ansiedade. Caso ocorra, não há motivo para pânico. O anestesista vai aprofundar um pouco mais a sedação para dar continuidade ao exame. Geralmente, o paciente não sente nem se lembra de nada, pois as medicações anestésicas causam amnésia e tiram a dor”, destaca o especialista.
Para o anestesiologista, o mais importante é escolher bem o local onde será feito o exame e os profissionais que vão realizá-lo, sem esquecer da realização de uma boa avaliação pré-anestésica. “O local mais apropriado para a realização de exames com anestesia é um hospital. A Santa Casa de Maceió possui todos os recursos disponíveis para agir em caso de complicações, mesmo que raras. Mas, independentemente do local onde será realizado o exame, seja um hospital ou clínica, ele precisa ser bem equipado com monitor cardíaco, fonte de oxigênio, desfibrilador, material de intubação etc. Caso o exame seja realizado em uma clínica, ela deverá ter um protocolo de ação e um hospital de referência para transferir o paciente em caso de complicações”, finalizou Jadielson Higino de Almeida.
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