Saúde

Inverno também exige cuidados com a pele

Dermatologista explica que uso do protetor sola deve continuar e precauções com hidratação devem ser redobradas

Por Tribuna Independente com Ana Paula Omena 29/06/2021 12h21
Inverno também exige cuidados com a pele
Reprodução - Foto: Assessoria
Se engana quem pensa que no inverno é possível se descuidar da pele. A estação por ser fria e seca acaba ressecando a pele mais do que o verão, principalmente em outros lugares do país onde a temperatura é mais baixa. O banho quente também é um vilão em se tratando de inverno já que as pessoas costumam usar o chuveiro elétrico com maior frequência. A dermatologista Elvira Assunção explica que os cuidados durante o inverno devem ser os mesmos de outras estações, como o verão, por exemplo. “A fotoproteção tem que continuar no inverno e os cuidados devem ser redobrados principalmente em relação à hidratação da pele. O banho quente piora o ressecamento, e o sol queima tanto quanto o do verão”. A médica enfatiza que normalmente a radiação ultravioleta diminui um pouco no inverno por causa do frio, por conta das nuvens que se formam e que sempre acaba chovendo mais, sobretudo no Nordeste. [caption id="attachment_458866" align="aligncenter" width="640"] Dermatologista Elvira Assunção diz que cuidados devem ser redobrados (Foto: Arquivo pessoal)[/caption] “A fotoproteção não pode ser relaxada é fundamental o uso do filtro solar”, reforça. A radiação solar continua nesta época do ano. E a exposição ao sol sem os devidos cuidados pode causar câncer de pele. Para Alagoas, o número de casos novos de câncer de pele melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 20 em mulheres. Para os homens os números são menores de 20 (não especificados). Já em Maceió, os números são menores de 20 (não especificados). O número de casos novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 840 em homens e de 760 em mulheres. Para Maceió, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 250 em homens e de 110 em mulheres. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os tumores não melanoma são constituídos principalmente pelo carcinoma basocelular (mais comum e menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. Já o melanoma tem origem nas células produtoras de melanina (substância responsável pela pigmentação da pele). Este último é o subtipo mais agressivo, com maior propensão a causar metástases. Segundo o Inca, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados. Sua frequência aumenta em pessoas com mais de 40 anos. São esperados mais de 176 mil novos casos no Brasil sendo, 83 mil em homens e 93 mil em mulheres no período de 2020 a 2022. Ainda se somado com a neoplasia do tipo melanoma – mais agressiva – o número total sobe para 185 mil casos. A exposição intensa ao sol, capaz de causar queimadura cutânea, parece contribuir mais para o surgimento do melanoma que outros tumores de pele. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele são: a exposição aos raios ultravioletas provenientes do sol ou câmaras de bronzeamento artificial (proibidas no Brasil desde 2009); pele clara; cicatrizes de queimadura; doenças hereditárias, como albinismo e xeroderma pigmentoso; imunossupressão; e história pessoal ou familiar de neoplasia de pele. Necessidade diária de água não oscila entre estações A diminuição da ingestão hídrica é um achado comum no inverno e isso acontece pelo fato da temperatura mais amena diminuir a percepção de sede. Entretanto, a nutricionista Danielle Alice ressalta que a necessidade de água não oscila muito entre as estações. “Obviamente comparando com o verão há uma sutil redução, pois a perda por transpiração tende a ser menor, mas nada significativo”, frisa a especialista. De acordo com ela, é usada uma regrinha para determinar a necessidade hídrica, que é o peso multiplicado por 35 ml. “Então alguém que pesa 50 kg precisa em média de 1.750 ml/dia”, disse. A nutricionista dá algumas dicas que podem ajudar a manter a ingestão adequada no inverno. São elas: consumir frutas com maior concentração de água, como melancia, melão, laranja; saborizar a água com limão, gengibre, abacaxi; andar com uma garrafinha para criar o hábito de beber água regularmente e usar um aplicativo de alerta para ingestão hídrica. PAPEL DA ÁGUA Um estudo da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), denominado ‘Água, Hidratação e Saúde’, enfatiza a importância da água essencial para a vida, destacando que apesar dos seres humanos conseguirem sobreviver por algumas semanas sem comida, é impossível sobreviver sem água por mais que poucos dias. Ela constitui a maior parte do peso do corpo humano, podendo variar de 45 a 75% deste peso, a depender da idade e sexo, sendo considerado em média 60% para adultos. Parte do material analisado salienta que, para a manutenção da saúde, os seres humanos devem consumir água constantemente. O corpo humano apresenta mecanismos precisos para manter a água corporal. A sede é um mecanismo de defesa importante, que é ativado mesmo quando existe pequena redução de água corporal.