Saúde

Pesquisadoras se destacam na estruturação e criação de patentes na Uncisal

Dois produtos registrados pela universidade no Instituto Nacional de Propriedade Industrial foram idealizados por professoras da instituição

Por Assessoria 05/04/2021 14h25
Pesquisadoras se destacam na estruturação e criação de patentes na Uncisal
Reprodução - Foto: Assessoria

Quando o assunto é patente, não tem para ninguém: as mulheres dominam a área na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). São idealizações de pesquisadoras da instituição as duas patentes registradas pela Uncisal no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Também compete a elas a gestão do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep), a quem o NIT está vinculado.

Coube à professora e pesquisadora Maria Rosa da Silva a elaboração da primeira patente da universidade. A pesquisadora desenvolveu, a partir de uma demanda do projeto de extensão Sorriso de Plantão, uma biblioteca móvel pediátrica, conhecida como “foguete de leitura”. A biblioteca móvel é utilizada pelos chamados “palhaços da alegria”, durante as visitas que eles fazem a unidades de saúde de Maceió como parte de suas atividades.

[caption id="attachment_438514" align="aligncenter" width="560"] Foto: Assessoria[/caption]

“A ideia surgiu da necessidade de estimular a leitura em crianças hospitalizadas. Pensamos em algo que chamasse a atenção dos pacientes. Então, a biblioteca tem forma de um foguete. Escolhemos um foguete, porque ele nos transporta para outros lugares. Quando aberto, ele oferece a opção de 40 livros. É uma estrutura móvel, que permite ao profissional de saúde o deslocamento até as enfermarias e a criança pode escolher o livro”, destaca Maria Rosa.

De acordo com a professora e pesquisadora, o apoio da universidade foi fundamental para que o “foguete de leitura” se transformasse em patente. “Quando eu estava com a ideia, apresentei ao NIT. O Núcleo fez o levantamento para saber se existiam produtos semelhantes e me encaminhou alguns tópicos burocráticos para que eu pudesse resolver. A universidade deu todo apoio, inclusive com o pagamento para o depósito da patente”, explica Maria Rosa.

Outra patente registrada pela universidade foi idealizada pela professora e pesquisadora Márcia Andreya Zanon, em parceria com o pesquisador Givaldo de Oliveira Filho. Márcia Zanon criou uma esteira ergométrica com dispositivo aplicado para iniciar e manter a rotação vagarosamente e com dispositivo que inverte a tração e a rotação. A patente foi registrada em 2019.

De acordo com Edileuza Leão, coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da Uncisal, a patente protege uma tecnologia inovadora, ou seja, um produto que não seja de conhecimento público antes da data de solicitação da proteção. Segundo ela, antes de qualquer procedimento para iniciar o pedido de patente, deve ser feita a busca de anterioridade por parte dos proponentes para confirmar que a tecnologia que se deseja proteger ainda não existe.

“Como coordenadora do NIT eu vejo que, no último ano, mesmo com o distanciamento, nós realizamos muitas ações para incentivar a inovação na Uncisal: curso ofertado pelo Sebrae com os professores, palestra sobre Empresa Júnior e registros de novos softwares. Pretendemos fazer mais esse ano. É nossa intenção que essas ações incentivem a todos na geração de inovação e, neste mês especial das mulheres, a todas as professoras, alunas e servidoras”, conclui Edileuza Leão.