Saúde

Número de casos de H1N1 cai mais de 88% em Maceió

Em 2019, foram 26 casos registrados e este ano apenas três de janeiro a agosto

Por Ana Paula Omena com Tribuna Independente 01/10/2020 09h02
Número de casos de H1N1 cai mais de 88% em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

A capital alagoana registrou, de janeiro a agosto deste ano, uma queda de mais de 88% nos casos de Influenza A (H1N1), se comparados ao mesmo período no ano passado. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que houve apenas três casos da gripe causada pelo H1N1 e nenhum óbito causado pela doença no período pontuado.

De janeiro a agosto do ano passado, houve 26 casos da gripe. No Brasil, o aumento de casos de gripe geralmente ocorre entre maio e outubro. Porém, esse período varia de acordo com a região. No Norte e Nordeste, a tendência de crescimento vai de abril a junho.

Ao surgirem sinais de gripe ou resfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

A SMS informou que a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza em Maceió atingiu 91,69% da população, com base nas doses aplicadas até o dia 18 deste mês. Os idosos foram os que mais se vacinaram até o momento, com o índice de 133,01%; seguido dos trabalhadores da saúde com 122,45%; gestantes 73,66%; puérperas 64,23% e crianças 58,45%.

Mas, 50,59% dos adultos com faixa etária entre 55 a 59 anos ainda não procuraram os postos de saúde para tomar a dose que é gratuita; 18.041 que compõe outros grupos tomaram a vacina contra o H1N1. No total 309.411 doses foram aplicadas.

Silvia Fonseca, infectologista, explicou que o novo coronavírus e o vírus H1N1 são diferentes, mas o jeito de se transmitir é semelhante. Segundo ela, as pessoas infectadas descarregam o vírus na garganta e nariz e passam para outras pessoas ao falar, tossir, cantar, espirrar a menos de um metro de distância, como também se assim fizerem em cima de alguma superfície, como uma mesa, por exemplo.

“Por isso a importância do uso da máscara e do álcool em gel”, frisou. “O H1N1 também pode evoluir para uma pneumonia e precisar de internação, porém a Covid-19 é bem mais agressiva tendo que usar oxigênio que é um dos tratamentos no hospital”, ressaltou a médica.

Ainda de acordo com a infectologista, a vantagem do vírus H1N1 é a vacina que é bastante eficaz e que sempre devemos tomar seguindo o calendário nos postos de saúde, principalmente às pessoas do grupo de risco. “Diferente da Covid que ainda não existe vacina e o tratamento ainda é difícil. Sabemos que o coronavírus leva muita mais gente à morte, que a influenza”, avaliou Silvia Fonseca.