Saúde

Casos de chikungunya e zika despencam 95% em Alagoas

Registros foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde e representam os meses de janeiro a julho deste ano, bem como o de 2019

Por Ana Paula Omerna com Tribuna Independente 10/09/2020 09h06
Casos de chikungunya e zika despencam 95% em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

Os casos de chikungunya e zika no estado de Alagoas tiveram uma queda de mais de 95% durante o período de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus. Os registros foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e representam os meses de janeiro a julho deste ano, bem como o de 2019.

Diante dessa redução vêm em seguida os registros de dengue com um índice de 86% de casos a menos se comparado ao mesmo período do ano passado.

De janeiro a julho de 2020 foram apenas 21 registros, contra 459 em comparação com o mesmo período do ano passado. Quando observado o panorama dos casos de zika foram 205 este ano e nove em 2019.

Já para a dengue foram 8.009 de janeiro a julho de 2019 contra 1.118 este ano.

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió informou que a situação entomoepidemiológica das arboviroses da mesma forma foi de redução. Em 2020, até o mês de julho, foram 33 casos de chikungunya registrados e dois estão em investigação.

Já em 2019, foram 354 casos confirmados no total. Entre os bairros com maiores incidências destacam-se Centro, Chã de Jaqueira e Bebedouro.

O infectologista José Maria Constant ressaltou que a redução nos números não deve ser motivo para que a população relaxe os cuidados, que devem ser mantidos. Ele avalia que a redução se deu devido a uma epidemia de quatro anos atrás que infectou toda a população.

“Então se presume que toda a população foi infectada uns com sintomas e outros não, e por conta disso, houve uma imunização geral e natural. O vírus ficou sem oportunidade de infectar pela população está imune. Só que esse vírus zika e chikungunya não é comum como o da dengue, ele infecta também animais”, frisou.

Sobre o fato de as pessoas permanecerem mais tempo em casa e por isso ter gerado uma mudança no comportamento da população voltada à prevenção aos criadouros do mosquito, o infectologista diz que não há essa possibilidade, já que, o transmissor da chikungunya e zika é mosquito doméstico. “O mosquito vai voltar a infectar, basta aparecer uma população suscetível principalmente animais domésticos e selvagens. Não acabou.”

Como não existe vacina para o vírus, a primeira manifestação que lembre chikungunya e zika é procurar uma unidade de saúde para o atendimento, orienta o especialista.  Além de reforçar que cuidados simples podem evitar a incidência do mosquito como: não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo.