Saúde

81% das grávidas receiam infecção nas consultas do pré-natal

Já 83% das gestantes e novas mães temem contaminar seus filhos

Por Assessoria 19/08/2020 16h51
81% das grávidas receiam infecção nas consultas do pré-natal
Reprodução - Foto: Assessoria

Pesquisa divulgada hoje pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) traz dados extremamente relevantes sobre o impacto da COVID-19 na saúde das gestantes, futuras mães e seus bebês.

O levantamento nacional realizado via plataforma Survey Monkey entre 20 de julho e 16 de agosto ouviu 1.525 médicos especialistas. Na percepção deles, 83% das gestantes e novas mães temem contaminar seus filhos e 81% acreditam que a infecção possa ocorrer nas consultas do pré-natal.

GINECO-OBSTETRÍCIA

No campo da Ginecologia e Obstetrícia, a percepção dos especialistas é de que mais da metade das grávidas não tem conseguido realizar os exames de pré-natal de forma adequada e no tempo correto. 90% dos médicos confirmaram a necessidade de orientação mais ampla sobre a importância do pré-natal durante o isolamento. Segundo os entrevistados, a maior preocupação de 6 a cada 10 gestantes é a de infectar os seus bebês.

Esse medo influencia na rotina de assistência e se acentua às vésperas do nascimento. Na visão dos especialistas, 82% das futuras mães temem a internação hospitalar por ocasião do parto em virtude da COVID-19. Além disso, 4 em cada 10 não sabem como proteger a si própria e aos bebês durante a amamentação, correndo riscos maiores de contaminação.

PEDIATRIA

A visão dos pediatras vai de encontro a dos ginecologistas e obstetras. O entendimento é de que 74% das mães creem que a infecção por COVID-19 possa ocorrer através do contato, 23% pelo ar e 2% pela amamentação. Outra apreensão destacada pelos especialistas é a de que mais de 70% das crianças estão deixando de ser vacinas durante a pandemia. 95% dos entrevistados relataram estarem mais preocupados neste período.

Ainda segundo os pediatras, o isolamento teve impactos diretos no comportamento dos pacientes. Em sua percepção, 9 a cada 10 apresentam alterações comportamentais em virtude da COVID, inclusive entre as crianças maiores. A mudança mais comum se refere a oscilações de humor (75%).

Para a pesquisa completa, acesse:

Associação Paulista de Medicina (APM) - http://associacaopaulistamedicina.org.br/.

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) - https://www.febrasgo.org.br/pt/.

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) - https://www.sbp.com.br/.