Saúde

Saúde discute assistência a crianças com microcefalia em Maceió

Saúde municipal começou a acompanhar e criar vínculos com as mães de crianças com a síndrome desde final de 2015

Por Assessoria 01/11/2018 20h03
Saúde discute assistência a crianças com microcefalia em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o objetivo de avaliar a assistência e os serviços do Centros de Reabilitação (CER) às crianças com a síndrome congênita por infecção do Zika vírus/ microcefalia, a Gerência de Atenção Primária, Saúde da Criança e de Atenção à Pessoa com Deficiência (GAPD) reuniu mães de instituições para debater os cuidados ofertados às crianças. A reunião aconteceu na manhã desta quinta-feira (1), na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com Rosário Vasconcelos, enfermeira e responsável técnica pelo acompanhamento da síndrome, os assuntos debatidos serão levados às diretorias de cada instituição, visando ofertar uma melhora no atendimento. Participaram da reunião duas mães de cada centro (Pestalozzi, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas - Adefal), Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (Appee), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), PAM Salgadinho e Uncisal. Agora, por determinação do Ministério da Saúde, além da microcefalia e outras alterações por causa do zika vírus, os cuidados incluem também também a Storch (Sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes). “O foco hoje é a escuta. Ouvir essas mães, sobre sua dificuldades, suas críticas e sugestões, para que a equipe some a essas mães e que possamos avançar nas melhorias dos serviços ofertados pelos centros”, explicou Rosário. Conduziram a reunião representantes da Atenção Primária, Saúde da Criança, da Gerência de Atenção à Pessoas com Deficiência (GAPD) e da comissão de monitoramento dos CERs. Ciranda do Cuidado Com o aumento dos casos de microcefalia em todo país, a saúde municipal começou a acompanhar e criar vínculos com as mães de crianças com a síndrome desde o final de 2015. “Nas primeiras visitas que realizamos, no início de 2016, percebemos muita angústia, dúvidas e preconceitos, inclusive tivemos casos de mães que se mudaram por causa da curiosidade das pessoas”, contou Rosário. Visando ofertar um acolhimento para as famílias, foi criado o grupo Ciranda do Cuidado, para que os responsáveis pelas crianças com a síndrome troquem experiências e participem de palestras mensais com profissionais da área da saúde, da assistência social e do Direito. Reconhecimento A Equipe da SMS recebeu a titulação do Ministério da Saúde de Equipe Dedicada pelo trabalho realizado  com as  famílias e crianças acometidas pela Síndrome Congênita/ Microefalia, assistidas desde 2015, conforme protocolos e portarias direcionadas à linha de cuidado à saúde integral  desses usuários nas Unidades de Saúde e nos Centros de Reabilitações (CERs).