Saúde

Cerest alerta sobre os danos à saúde provocados pelo trabalho infantil

Além de acidentes, ocorre o comprometimento do desenvolvimento intelectual

Por Assessoria da Sesau 08/10/2018 17h58
Cerest alerta sobre os danos à saúde provocados pelo trabalho infantil
Reprodução - Foto: Assessoria
Durante a Semana da Criança, cuja data é comemorada na sexta-feira (12), o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) faz um alerta sobre os males que o trabalho infantil causa à saúde da criança. “Existe uma preocupação contínua em assegurar que as crianças não sejam expostas às situações degradantes e dediquem-se aos estudos. Quando uma criança trabalha, além de não render na escola, ela tem grandes chances de se envolver em acidentes de trabalho e sofrer mutilações”, salienta a médica do trabalho e assessora do Cerest, Gardênia Santana. A médica explicou que o trabalho infantil é entendido como qualquer atividade efetuada por crianças e adolescentes de modo obrigatório, regular, remunerado ou não. Ela evidenciou que os pais devem atentar para os males que o trabalho infantil causa ao desenvolvimento das crianças, mesmo, quando imaginam que trabalhar é importante para que os pequeninos não fiquem ociosos. “Muitos pais acreditam que o trabalho é benéfico para a criança e que pode afastar o menor de idade de influências negativas e do uso de drogas. Mas, a dedicação ao trabalho, além de colocar em risco sua integridade física, pode prejudicar a preparação profissional futura da criança, que muitas vezes abandona os estudos e, com isso, sem formação adequada, não tem condições de competir em pé de igualdade no mercado de trabalho”, salientou Gardênia Santana. Exceção A médica e assessora do Cerest evidenciou que a única exceção para o adolescente ingressar no mercado de trabalho ocorre se ele fizer parte de um Programa de Jovem Aprendiz. “A partir dos 14 anos, caso seja por meio de um Programa de Jovem Aprendiz regulamentado, o adolescente pode trabalhar, já que ele cumprirá uma carga horária e exercerá uma atividade que não o prejudicará na escola, além de não ter sua saúde colocada em risco, causando danos à formação física e psíquica”, explicou.