Saúde

As 6 principais dúvidas sobre o balão intragástrico

Tratamento promove emagrecimento de até 20% do peso em seis meses

Por Assessoria 06/10/2018 10h24
As 6 principais dúvidas sobre o balão intragástrico
Reprodução - Foto: Assessoria
A obesidade é uma doença que vem se agravando no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas obesas triplicou desde 1975. Não à toa, o Brasil é a segunda nação que mais procurou por métodos para emagrecimento no Google em 2018, segundo o próprio buscador. Uma das sugestões oferecidas pelo buscador é o balão intragástrico, método apontado como capaz de proporcionar ao paciente um emagrecimento de até 20% do seu peso em seis meses. Este procedimento consiste na colocação de um balão por meio de endoscopia, realizada em ambiente hospitalar e com o paciente sedado. O balão é introduzido por via oral e possui um volume entre 400 ml a 700 ml, preenchido com soro fisiológico e azul de metileno. Todo o procedimento dura cerca de 20 minutos. O membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Dr. Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, esclarece alguns mitos e verdades sobre o balão intragástrico. O paciente permanece o restante da vida com o balão intragástrico? Não. O paciente pode ficar entre 6-12 meses com o balão, na dependência do modelo empregado. Durante esse período, ele deve seguir acompanhamento com equipe multidisciplinar, que inclui: médicos clínicos, nutricionistas, psicólogos e preparadores físicos para que seus hábitos alimentares e comportamentais sejam alterados. Qualquer pessoa acima do peso pode realizar esse método? Não. É necessário ser maior de idade e ter um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 27. O ideal é que seja avaliado cada caso individualmente, contrabalançando benefícios e riscos. Há algum outro benefício além do emagrecimento? Sim. Por proporcionar o emagrecimento, o balão intragástrico também pode auxiliar indiretamente na prevenção de cânceres associados ao excesso de peso, como esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rins, ovário, endométrio e tireoide. Concomitantemente à mudança de hábitos de vida e perda de peso, há melhora nos níveis de diabetes, colesterol e pressão arterial. É possível que esse procedimento traga efeitos colaterais? Sim. Por ser um corpo estranho, o organismo pode apresentar sintomas como enjoos, dores abdominais e até vômitos nas primeiras 72 horas. As ocorrências podem ser tratadas com medicações efetivas que melhoram o quadro do paciente. O paciente sofre algum tipo de corte ou precisa de curativos? Não. O balão intragástrico é introduzido através da endoscopia. Ele permanece sedado durante todo o processo, que dura cerca de 20-30minutos, e não sofre nenhum corte na região. Após o uso do balão, o paciente seguirá magro? Dependerá se o mesmo compreendeu a necessidade de manter as mudanças de hábitos e vícios. Após a retirada do balão, até 75% dos pacientes reganham peso. Aqueles que adquiriram hábitos saudáveis, respondem de forma positiva. Sobre a SOBED Com 24 unidades estaduais, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) é uma entidade nacional que representa atualmente mais de dois mil associados. Criada em consonância com o início dos procedimentos endoscópicos no País na década de 1970, possui história baseada em conquistas e avanços na endoscopia digestiva brasileira. Periodicamente a Sociedade promove mutirões pelo Brasil de prevenção ao colorretal com a realização de colonoscopias em pacientes pré-selecionados de forma totalmente gratuita. A ação já realizou mais de 1500 exames.