Saúde

Dermatologista explica origem das estrias e possíveis tratamentos

Cerca de 70% das mulheres podem ter estrias ao longo da gestação

Por Assessoria 19/09/2018 16h20
Dermatologista explica origem das estrias e possíveis tratamentos
Reprodução - Foto: Assessoria
Elas incomodam e são consideradas o terror da barriga das mamães. Podem acometer jovens que não tiveram filhos e até mesmo homens. As estrias são alterações cutâneas e muito frequentes na gestação. De acordo com a dermatologista do Hapvida Saúde, Eline Weba, cerca de 70% das mulheres podem ter estrias ao longo da gestação. E isso é provocado pelo estiramento da pele. “Se a gestante está com IMC abaixo de 27%, que é ideal, e não ganha tanto peso ao longo da gestação, então estira menos a pele. Mas se a mulher engorda antes mesmo de engravidar, a probabilidade de estirar a pele é ainda maior”, explica a profissional. Segundo a médica, as estrias que surgem fora do período gestacional são diferentes. “Quando se é jovem, a estria é fininha e clara. Mas a gestação pode levar a um estiramento rápido e agressivo, por isso aparecem estrias nos seios, no abdômen e em outras partes do corpo que aumentam de tamanho”, esclarece. Quanto mais jovem é a mulher, maior a chance de haver uma distensão da pele, inclusive na gestação. Isso porque a pele jovem não tem uma distensibilidade tão grande, é mais dura, mais enrijecida. Por isso, quando as meninas se tornam adolescentes, acabam percebendo o surgimento de algumas estrias pelo corpo. Para a dermatologista, o ideal é a gestante prevenir o surgimento assim que souber que está grávida utilizando cremes hidratantes, já que a pele está sendo alterada por causa das mudanças hormonais fisiológicas normais, a pele precisa de uma hidratação maior por causa desse estiramento agressivo. “A mulher deve preferir utilizar produtos para tomar banho ou se higienizar menos agressivos, utilizando sabonetes neutros, mais suavizantes. No calor, a água do banho deve ser de preferência fria, pois as temperaturas elevadas ressecam a pele e os estiramentos são mais agressivos”, destaca. Eline reforça que outra dica é controlar o ganho de peso. O ideal é um aumento de peso de até 15 kg na gestação, mas isso depende de cada caso. E quando as estrias já se instalaram no corpo, mesmo assim ainda há tratamento. “Durante a gestação, até dá pra fazer alguns tratamentos em combate à estria, mas nada agressivo. Um peeling de cristal, por exemplo, que é bem leve, ou peeling de ácido glicólico, que poderia ser usado em baixa concentração. Mas tudo na vida tem seu momento, e você deve esperar para se submeter a um tratamento”, pondera a profissional. Se a estria é muito vermelha, com sensação irritadiça, o tratamento pode ser com ácido retinóico, cremes, ácido glicólico e mais uma hidratação mais profunda. “Pode-se, ainda, fazer peelings químicos não tão agressivos. Microdermoabrasão leve, peeling de cristal, lasers, microagulhamento com microagulhas em um rolo, para induzir a produção de colágeno. Quanto mais cedo procurar ajuda, melhores os resultados”, alerta. Eline Weba enfatiza que para quem está amamentando o ideal é começar por tratamentos com menos ácidos. “Para estrias no abdômen, são indicados lasers, peeling de cristal e algum ativo à base de ácido glicólico que induz colágeno e pode ser associado à Vitamina C. Em todos os casos os resultados são bastante satisfatórios. Porém, não é indicado fazer nenhum desses tratamentos nos seios durante o período de amamentação”, conclui.