Saúde

Microcefalia: exposição mostra relação entre mães e crianças

“Seu Amor é Macro” reúne imagens de 16 mulheres e seus filhos que nasceram com a doença em Arapiraca

Por Davi Salsa com Tribuna Independente 28/07/2018 08h41
Microcefalia: exposição mostra relação entre mães e crianças
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma exposição fotográfica está chamando a atenção das pessoas que frequentam o shopping center de Arapiraca. Com o carinhoso título de “Seu Amor é Macro”, a mostra reúne imagens de 16 mães de crianças que nasceram com microcefalia. A iniciativa do Projeto Solidário Espalhe Amor teve início da semana passada e segue até este domingo (29), no Arapiraca Garden Shopping. O acervo reuniu fotografias de Tarcísio Ferreira, retratando o cotidiano das mulheres e seus filhos e filhas. De acordo com Larissa Lino, uma das organizadoras da exposição, a ideia é tornar mais evidente os gestos de carinho e amor das mulheres, além de informar a sociedade acerca da doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade. Por conta disso, a doença reduz o desenvolvimento mental, uma vez que os ossos da cabeça, que durante o nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e desenvolva suas capacidades. A criança com microcefalia necessita de cuidados por toda a vida, o que é  confirmado depois do primeiro ano de vida, e irá depender muito do quanto o cérebro conseguiu se desenvolver e que partes do cérebro estão mais comprometidas. A exposição fotográfica conta com apoio de duas empresas que, além do shopping, também funcionam como ponto de arrecadação de fraldas descartáveis e leite em pó que estão sendo doados para as mães que têm dificuldades financeiras nos cuidados e tratamento das crianças. Além do local da exposição, os pontos de coleta estão localizados na Escola Alternativa e na empresa Fisiolife, no centro da cidade de Arapiraca. A dona de casa Giovanna Pereira, de 21 anos, mãe da pequena Isla Gabrielly, de três anos, relatou que não sabia que a filha iria nascer com a doença. “Minha filha nasceu com sete meses de gestação e os médicos revelaram o problema. No início foi muito difícil, mas com muito carinho e amor estamos superando todas as dificuldades enfrentadas diariamente”, afirma. Em relação à mostra fotográfica, Giovanna Pereira elogiou a iniciativa e falou da importância da exposição como forma de orientar as pessoas acerca da doença. “Estou muito emocionada com tantas demonstrações de carinho e pelo gesto solidário das pessoas em ajudar as mães a continuar cuidando de seus filhos”, destaca.