Saúde

Transplantados cardíacos alagoanos comemoram Natal em confraternização

Cirurgião cardíaco José Wanderley Neto comemora a saúde de seus pacientes transplantados que continuam vivos

Por Texto: Thayanne Magalhães com Tribuna Hoje 22/12/2017 14h37
Transplantados cardíacos alagoanos comemoram Natal em confraternização
Reprodução - Foto: Assessoria
O cirurgião cardíaco José Wanderley Neto e sua equipe reuniram nesta sexta-feira (22), transplantados cardíacos alagoanos para uma comemoração natalina, com direito a um brinde coletivo à vida. Entre os pacientes estava Francisco Sebastião de Lima, o Chico, que ganhou outro coração em março de 1989 e é, hoje, um dos mais longevos transplantados cardíacos do mundo e o segundo do Brasil. [gallery columns="1" size="medium" ids="26507"] “Ficamos felizes de poder acompanhar os nossos pacientes e ver que estão levando uma vida saudável. É muito importante que o transplantado tenha comprometimento com o tratamento pós-cirúrgico para evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão", explicou o médico. De acordo com José Wanderley, em 2017 foram realizados seis transplantes em Alagoas. “Nós temos uma seleção rigorosa para os pacientes que entram na fila. Ele precisa entender o procedimento e comparecer a todas as consultas. Viciados em drogas e alcoólicos geralmente não tem chances de sobreviver”, afirma. José Wanderley destacou ainda que é preciso mais investimento no setor. “As pessoas estão envelhecendo e os serviços de saúde não têm estrutura para acompanhar. Chegamos a passar seis anos sem cirurgias cardíacas por falta de investimento no estado e hoje somos autorizados a realizar oito cirurgias por mês, mas o ideal são doze. É preciso também adequar a escala financeira para que tenhamos plantonistas de segunda a segunda”, cobra o médico. Recém-nascidos são “caros” O médico falou ainda sobre a situação dos bebês que nascem com problemas cardíacos em Alagoas e afirmou que o estado ainda não possui estrutura para tratar de recém-nascidos. “Eles são financeiramente muito caros e quando temos esses casos aqui no estado, encaminhamos para Recife ou Aracaju onde eles são tratados tranquilamente”. José Wanderley e equipe contabilizam 41 transplantes de coração ao longo de 28 anos; 16 pacientes estão vivos – 14 deles confirmaram presença (os outros dois estão residindo na Bahia). [gallery columns="1" size="medium" ids="26508"]