Saúde

Na contramão nacional, número de fumantes passivos cresce em Maceió

Contrariando queda nacional, capital alagoana empata com Natal no índice de exposição ao cigarro nos domicílios

Por Tribuna Independente 15/09/2017 08h02
Na contramão nacional, número de fumantes passivos cresce em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

Os levantamentos produzidos e divulgados este ano pelo Ministério da Saúde apontam que Maceió apresentou alta de 0,7% no número de fumantes passivos em cinco anos. Em 2011 a taxa era de 10,95% e em 2016 foi de 11,65%. A tendência nacional é de queda, o Brasil registrou uma diferença de 7,5% no índice no mesmo período.

O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Maceió figura entre as capitais com maiores índices de fumantes passivos em domicílio atrás apenas de Porto Alegre (10,4), Natal (9,7) segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2016.

De acordo com Vetrúcia Teixeira, coordenadora estadual do Programa de Combate ao Tabagismo, o crescimento indica uma maior aceitação da exposição à fumaça do cigarro.

Por outro lado, o número de fumantes ativos vem apresentando quedas consecutivas. O índice considerado para 2017 é de 7,2% em Maceió. A média nacional de fumantes também caiu está em 10,2%.

O médico Fernando Gomes explica que as campanhas massivas no país vêm ajudando no combate ao fumo. No entanto ele acredita que existe uma tendência de estabilização nos índices, principalmente ocasionado pelo fator juventude, que segundo ele se expõe mais a riscos como o cigarro.

“Ainda hoje o cigarro é visto como status, não tanto quanto na década de 1980. Mas principalmente entre os jovens se vê um consumo mais ostensivo”, pontua.  

Segundo o médico é preciso dar continuidade as ações em âmbito nacional para que os resultados positivos sejam ampliados.

Atualmente o país ocupa o 4º lugar no mundo entre as nações que atuam na política de combate ao tabagismo.

“Temos avanços, essa tendência é algo cíclico, mas é preciso que as pessoas entendam que fumar não é legal, que não faz bem à saúde”, esclarece Gomes.