Saúde

Saúde: tratamento intraoperatório de câncer é mais focal e eficaz

A radioterapia intraoperatória miniaturizada oferece mais segurança no tratamento do câncer de mama e outras enfermidades oncológicas

Por Assessoria 04/09/2017 11h26
Saúde: tratamento intraoperatório de câncer é mais focal e eficaz
Reprodução - Foto: Assessoria

A radioterapia intraoperatória ganha uma nova tecnologia e começa ser a utilizada no Hospital Israelita Albert Einstein para tratar cânceres de mama, principalmente, mas também outros tumores. A Zeiss, empresa alemã líder no segmento de soluções médicas, é a idealizadora deste equipamento com tecnologia exclusiva, o INTRABEAM®, que já ajudou mais de vinte mil pacientes com cânceres em estágios primários em todo o mundo. 

A máquina oferece a possibilidade de um tratamento rápido, por ser realizado no momento da cirurgia, além de mais seguro e focado, uma vez que a radioterapia é direcionada no local onde o tumor foi retirado. No caso das mamas, é extremamente conveniente para pacientes portadoras de cânceres em estágios iniciais, pois, na maioria das vezes, elimina o curso de radiação externa, que pode ser longo e diário. Por se tratar de um aplicador miniaturizado e focal, a radiação atinge menos tecidos saudáveis, garantindo a segurança do procedimento. Além disso, a incisão cirúrgica é menor, oferecendo um aspecto estético melhor.

A equipe médica e de físicos do Einstein foi para Salzburg, na Áustria, e passou pelo treinamento da Zeiss para a utilização desse sistema e já disponibiliza tratamento no Centro de Oncologia do Hospital.  Por se tratar de um equipamento menor, pode ser levado ao Centro Cirúrgico Central ao invés de transportar o paciente ao Centro Cirúrgico da Radioterapia, garantindo ainda mais segurança e comodidade.

Como funciona – O início do tratamento via INTRABEAM® é bastante similar a processos já consolidados: o cirurgião remove o tumor cancerígeno, porém completa o tratamento com a radiação local a partir do acelerador de fóton antes de fechar o corte. O equipamento possui um aplicador específico, com uma pequena esfera em seu extremo que é inserido no leito tumoral. 

O diâmetro da esfera do aplicador é escolhido de acordo com o tamanho do leito tumoral e a abertura cirúrgica não sofre nenhum tipo de agressão no momento da aplicação. Depois de inserido, um ultrassom verifica se o aplicador está na profundidade e local corretos. Se tudo estiver no lugar, ele é suturado e a radiação é administrada entre 20 e 45 minutos, ainda na sala de operações.