Saúde
Secretaria de Saúde orienta portuários sobre doenças relacionadas ao trabalho
Ação ocorreu nesta quinta (16) e foram emitidos Cartões do SUS e realizados testes rápidos de HIV e hepatite B
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) realizou, nesta quinta-feira (16), uma ação educativa voltada para os portuários. O evento teve como objetivo orientá-los e sensibilizá-los sobre a importância da prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, bem como estimular práticas de saúde preventivas.
Na ocasião, foram emitidos Cartões do SUS e realizados testes rápidos de HIV, hepatite B, vacinação, aferição da pressão arterial e glicemia capilar. Paralelamente, também foram realizadas palestras com esclarecimentos sobre as doenças endêmicas e infecções sexualmente transmissíveis.
Segundo Gardênia Santana, supervisora do Cerest, a ação foi muito importante, visto que o trabalhador portuário está exposto a ruídos sonoros, vibrações, além de contanto com substâncias químicas. Como se não bastasse, ele também se utiliza muito da força física nos setores de carga e descarga e, em muitos momentos, dispõe de ferramentas inadequadas, que podem favorecer o desenvolvimento de doenças e acidentes de trabalho, gerando risco a si próprio e à equipe envolvida.
“O nosso propósito foi despertar nesses trabalhadores o cuidado com a saúde, o quanto isso é importante, para que sejam evitados acidentes no trabalho. Um acidente laboral, inclusive, pode ser evitado se ele estiver cuidando muito bem da sua saúde”, destacou.
A ação contou com a presença de dois médicos do trabalho, que puderam conhecer as atividades dos funcionários. Com isso, eles irão traçar perfis e panoramas sobre os possíveis quadros de adoecimento, sejam eles físicos ou mentais.
Gardênia Santana explica que a presença desses profissionais foi essencial, pois, a partir do momento em que alguma anormalidade da saúde dos trabalhadores é detectada, os especialistas vão entrar em contato com os médicos do serviço de saúde ocupacional do próprio Porto. E, caso o atendimento não seja resolvido, o Cerest estadual ou municipal poderão prestar atendimento a esses trabalhadores.
Luciano Marcolino, operador de máquinas no Cais do Porto há 23 anos, gostou muito da ação, visto que ele não tem tempo de ir ao médico, em função da carga horária do trabalho, que é extensa. “Fiz todos os testes rápidos, tomei vacina e, inclusive, peguei meu Cartão SUS. Sempre aproveito as campanhas de divulgação, porque facilitam o esclarecimento de dúvidas”, afirmou.
Já o motorista Luís Cláudio Verçosa, 52 anos, tirou suas dúvidas sobre as infecções sexualmente transmissíveis e aproveitou para fazer alguns exames. Na hora de aferir a pressão, o resultado deu alto, uma vez que segundo Verçosa, ele fuma muito, não se alimenta de maneira correta e, raramente, vai ao médico.
“Fiquei surpreso ao receber o diagnóstico. Mas, com as orientações que eu recebi dos profissionais, vou cuidar melhor da minha saúde, pois sei que ela é essencial para manter a gente com disposição”, disse o portuário.
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