Como disse uma vez Tom Zé, “Meu som não é contemplação, é para cognição” e é nessa pegada que o professor, músico, poeta e rapper com mais de 26 anos de carreira, Vitor Pirralho subiu ao Palco Sesc da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Junto com seu parceiro de som, DJ Carlos PXT, Pirralho como comumente é conhecido, trouxe um repertório especial para a o maior evento cultural e literário do estado em seu “Sarau Antropofagroove”.

Ele que já tem um longa estrada no mundo da música e do fazer pensar, contou como é participar de um evento como a Bienal. “É sempre bom participar de eventos como a Bienal, eventos culturais que promovem a leitura, a cultura, a arte e por isso eu preparei um repertório aqui com o meu parceiro Carlos PXT, um repertório especial para a Bienal”, contou o rapper.

Para a apresentação da Bienal, Pirralho optou por trazer várias canções novas, que inclusive ainda nem foram lançadas, presenteando o público com essa audição em primeira mão. Com cerca de uma hora de show, ele executou músicas como Carne Aval, Tupi Fusão, música essa que teve uma versão gravada por Ney Matogrosso e na sequência ele emendou com Mar Ia, música em parceria com Ney.

Suas músicas são cheias de referências e em meio ao beat se você piscar, perdeu. “A gente gosta de dançar, de se divertir, gosta do entretenimento, mas em primeiro lugar a gente também tem um cuidado com a poesia, né? A poesia é o carro-chefe, digamos assim, do nosso som”, explicou Pirralho.

Falando em beat, a “cozinha” musical que acompanhou Vitor Pirralho é o velho conhecido da cena musical de Maceió, Original Carlos PXT que contou um pouco da ideia do som: “Então é sempre aquele peso, numa mistura que a gente faz no som do Vitor, afrobeat com beats de rap, samba, batuque e colocamos também influências da música caribenha, tudo isso misturado com a musica brasileira, dançante, sem esquecer o peso do grave do rap”, contou o DJ.

"Leiam, se informem"

Executando em primeira mão, já que as músicas só serão lançadas em dezembro, o público presente pode ouvir uma homenagem a pele negra, com a música Melanina Quântica e refletindo sobre o novo, com “De novo”. E minutos antes de encerrar, porém, Pirralho soltou um recado, quase que como um grito de guerra: “Leiam, se informem, para que não sejam enganados”, exclamou.

Mas, ainda tomado pela excitação da apresentação no palco da Feira Gastronômica, ainda no calor do momento, Vitor desceu do palco e disse como se sentia com essa apresentação: “Cara, muito bom! A oportunidade, pô, de estar com essa galera, galera interessada em literatura, em arte, cultura, sem palavras, e a gente aqui, ó, eu e meu parceiro Carlos Peixoto, a gente quebrou tudo, foi muito massa”, celebrou, seguido do amigo que também vibrou pelo momento: “Pô, sensacional, velho, fazer esse som com Vitor, tá na Bienal, com a galera que tá afim de escutar o som, entender a mensagem, né? Tudo a ver aqui com o tema da Bienal, o som do Vitor e os beats aqui, tudo junto”, finalizou.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial e também pelas redes sociais com o perfil @‌bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook. E para ver mais fotos sobre a cobertura da Bienal, acesse nosso Flickr e confira todos os detalhes do evento.