Roteiro cultural

Carlito Lima lança ‘Beata Tereza cansada de reza’ nesta sexta, dia 19

Novo romance retrata a história de uma mulher e uma medalha milagrosa e fala de poder e de libertação; o autor conduz toda narrativa com detalhes pitorescos, retrata lugares e personagens no tempo e no espaço em dimensão local

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 18/07/2024 07h45
Carlito Lima lança ‘Beata Tereza cansada de reza’ nesta sexta, dia 19
Carlito Lima disse se inspirar no povo simples nas ruas e nas notícias de jornais - Foto: Divulgação

As linhas escritas por Carlito Lima dispensam apresentações. Às vésperas de lançar seu 25º livro – “Beata Tereza cansada de reza” – o autor contou ao D&A sobre o prazer de escrever.

Carlito Lima disse se inspirar no povo simples nas ruas e nas notícias de jornais. Para “Beata Tereza cansada de reza”, o autor garantiu que o leitor pode esperar uma boa história, uma mistura do real com ficção. “São histórias que se passam ou passaram aqui em Maceió”, adiantou Carlito Lima.
“Minhas histórias sempre tem um ponto, um núcleo da história aqui em Alagoas. Quando estou escrevendo tem personagens que se tornam mais interessantes”, destacou o autor.

E é assim entre memórias, contos, artigos e romances, que o autor se consagra na literatura nacional. “Beata Tereza cansada de reza”, será lançado no Café Jardim, na Jatiúca, nesta sexta-feira, dia 19, das 17h às 21h.

Carlito Lima entregará aos seus leitores sua mais nova contribuição literária em um evento que reunirá a fina flor da cultura alagoana. A celebração em torno da mais nova obra literária do imortal das Letras e das Artes do Estado contará com performance do ator Chico de Assis e a apresentação de Elizaubo Wanderberg, no sax, que vai dar uma canja de jazz.

O romance conta a história de um triângulo amoroso de infância, na vida de pescadores à margem do rio Poxim, em um crime não acometido, mas que deu início a uma trama de oportunismo, a partir da religiosidade do povo.

A obra fala de poder e de libertação. O autor conduz toda narrativa com detalhes pitorescos, retrata lugares e personagens no tempo e no espaço em dimensão local, nacional e internacional, da gente mestiça e de fortes amizades. Embora tudo acabe em frevo e carnaval, a beata, de carne e osso, em momento algum deixa de ser mulher.

Militar de carreira, engenheiro, político, boêmio, e autor da consagrada coluna “Histórias do Velho Capita”, Carlito mergulha nos costumes, nos causos e nos percalços de uma Alagoas que pulsa. São histórias de sua própria vida, contos que viveu e outros que lhes contaram, com imaginação fértil e linguagem simples, em enredos cheios de detalhes e nuances dos lugares, das culturas e das pessoas, desse estado potencialmente rico em natureza exuberante, com a singularidades de quem o conhece muito bem.

Carlito traz, na bagagem, outros 24 livros. Dois de memórias (“Confissões de um Capitão” é considerado, pela crítica nacional, um dos melhores livros sobre a intervenção militar de 1964); cinco romances e 17 de crônicas e contos. E já está na produção de um novo título. “Estou escrevendo um romance inspirado na ópera ‘Madame Butterfly’, história transferida para Maceió na época da 2ª Guerra Mundial”, diz o escritor, orgulhoso de suas obras.

Carlito Lima se definiu como dono de um estilo de escrita simples, daquela que “o povo gosta. Não escrevo para intelectuais, sou apenas um contador de histórias, escrevo como estou conversando, sem palavras rebuscadas, estilo coloquial”, detalhou.

Carlito Lima é conhecido no meio literário e convidado a participar de Festas Literárias. Neste mês de julho, já esteve em Pirenópolis Goiás. Em agosto próximo já tem convite para a Flipelô (Festa Literária Internacional do Pelourinho), em Salvador. Fora as Festas Literárias alagoanas onde já é presença sine qua non.

Carlito Lima tem uma fome insaciável para escrever. Mal lançou seu 25º livro e já deu spoiler aos leitores do Jornal Tribuna Independente.

“Atualmente estou escrevendo um romance baseado na Opera Madame Butterfly cuja história se passa no Japão em 1902. Um tenente da Marinha Americana engravida uma japonesa. Depois toma-lhe o filho e leva para os Estados Unidos. Adaptei a história da Madame Butterfly para Maceió no tempo da II Guerra Mundial, quando os americanos colocaram uma base em Maceió. Na ocasião, uns 250 militares americanos moravam na capital Maceió. Um tenente da Marinha americana vai se apaixonar por uma bela alagoana e assim continua a história que está em minha cabeça.......”, contou, sem entregar muito sobre o livro que está em andamento. Avante, Carlito Lima, o D&A irá acompanhar também essa obra.