Roteiro cultural

Tributo aos Oito Baixos de Alagoas vai contar história da sanfona

Filme do cineasta Mário Ramires “Marola” vai contar história da sanfona a partir dos depoimentos de vários instrumentistas

Por Tribuna Hoje 13/03/2024 08h25 - Atualizado em 13/03/2024 09h35
Tributo aos Oito Baixos de Alagoas vai contar história da sanfona
Mário Ramires “Marola” diz que documentário será apresentado em show no Teatro Deodoro - Foto: Edilson Omena

Um filme que vai contar a história da sanfona de oito baixos em Alagoas, a partir dos depoimentos filmados dos instrumentistas: Hermeto Pascoal, Manuel Francisco Ribeiro (Negão dos 8 Baixos); Joelson Rocha Costa (Joelson dos 8 Baixos); Roberto Ferreira Silva (Robertinho dos 8 Baixos, filho de Gerson Filho); Edgar dos Santos (Edgar dos 8 Baixos) e Vavá dos 8 baixos. Esta é a proposta do longa-metragem “Tributo aos Oito Baixos de Alagoas”, uma obra audiovisual de registro único.

Ao TH Entrevista, o cineasta Mário Ramires “Marola”, detalhou como o documentário será apresentado em um show no Teatro Deodoro, em Maceió, com os mais importantes instrumentistas de oito baixos de Alagoas, dirigido pelo músico Fernando Melo, que já seria uma grande contribuição para o audiovisual alagoano, mas a realização do filme: “Tributo aos oito Baixos de Alagoas” vai além disso.

Ainda sem data de estreia, o documentário foi selecionado pela Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas (Secult/AL), mas houve uma suspensão por 80 dias, para recalcular as cotas de todos os projetos. “A preocupação é que não haja alteração em nossa nota. Mesmo apesar de estarmos com cotas contempladas em nosso projeto. Mas a incerteza fica. Esse projeto vai além de um registro, será a única oportunidade de salvaguarda e reconhecer os poucos que restam desses instrumentistas no estado”, ponderou o cineasta.

Marola reforçou que o filme é mais do que tudo, uma ação de salvaguarda do patrimônio cultural do estado, que são os instrumentistas da sanfona de oito baixos. “Hoje, não temos mais que dez desses instrumentistas atuando. Aos poucos vai se perdendo a arte de tocar um instrumento tão importante para nossa memória musical”, destacou.

O cineasta enfatizou também que o filme se propõe a um documentário sobre a vida do que considera como “Guerreiros da Cultura”. “Seus modos de vida, suas angústias, suas alegrias e, suas expectativas”, disse.

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