O 4º Seminário sobre a Formação da Classe Operária Alagoana, que será realizado na sexta-feira (19) e no sábado (20), por meio de uma plataforma online, tem como tema central as “Raízes e Lutas da Classe Trabalhadora Alagoana”.

O evento é uma realização conjunta do Observatório Alagoas do Sul de Pesquisa, Ensino e Extensão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) Campus Marechal Deodoro e da Especialização em História de Alagoas do Ifal Campus Maceió.

O seminário propõe uma profunda reflexão sobre as origens históricas, étnicas e o desenvolvimento do movimento dos trabalhadores no estado de Alagoas, com um foco especial nas contribuições fundamentais das populações Negra e Indígena.

Segundo o professor Fabiano Duarte, o objetivo é fortalecer a pesquisa e o debate acadêmico sobre a complexa formação social e as lutas históricas da classe trabalhadora alagoana. “O evento será realizado de forma online, é gratuito e aberto ao público interessado no assunto”, informou.

PROGRAMAÇÃO

No 1º dia, sexta-feira, das 18:30 às 21 horas, mesa 1: abertura - as origens negras da classe trabalhadora (início às 19 horas). Esta mesa de abertura é dedicada a explorar o papel essencial e fundacional das populações Negras na constituição da classe trabalhadora, tanto em nível nacional (Brasil) quanto especificamente em Alagoas.

Sobre o conteúdo, o professor Fabiano Duarte disse que serão apresentadas análises sobre a trajetória dos negros na formação da classe operária brasileira, com a doutora Marcele Carine, e um enfoque particular sobre a participação e a luta das/os negras/os na formação da classe operária alagoana, com a professora mestra Sandra Sena.

“O debate visa ressaltar a centralidade da contribuição negra e suas lutas históricas para o desenvolvimento do movimento operário alagoano, um eixo fundamental de pesquisa das instituições promotoras”, destaca o professor Fabrício.

No segundo dia do Seminário, no sábado (das 9 às 11:30 horas), Mesa 2: “As Origens Indígenas da Classe Trabalhadora Alagoas”.

Segundo o professor Fabiano, o foco desta mesa é a análise da contribuição e da presença das populações Indígenas na formação histórica e social da classe trabalhadora de Alagoas, uma temática que se alinha às linhas de pesquisa da Especialização em História de Alagoas.

Esse conteúdo está sendo apresentado pelos palestrantes: professor doutor Amaro Hélio e professor mestre Adauto Rocha. Eles aprofundarão a discussão sobre como as raízes e as experiências históricas dos povos indígenas se entrelaçam com a gênese da classe trabalhadora alagoana. Serão destacados a participação e a resistência indígena no contexto da produção e do trabalho no estado.

Ainda no sábado, 2º dia do Seminário, das 14 às 16:30 horas, Mesa e 3: “O Movimento dos Trabalhadores em Alagoas nas Décadas de 1950 e 1960”. O tema central dessa mesa se concentra em um período crucial da história do movimento operário alagoano: as décadas de 1950 e 1960.

O conteúdo será disponibilizado pelo professor doutor Marcelo Góes, que abordará as características, as dinâmicas e as lutas políticas e sociais que marcaram o movimento dos trabalhadores em Alagoas durante este período específico.

“A discussão visa compreender as formas de organização, as demandas e os desafios enfrentados pela classe trabalhadora no contexto das transformações econômicas e políticas da época, complementando o estudo das raízes históricas do evento”, explica o professor Fabiano.

Segundo ele, o evento vai apresentar as pesquisas sobre a classe trabalhadora alagoana, realizadas por alunos e pesquisadores do Ifal, de História e Ciência Sociais, com informações relevantes sobre os temas.

Para participar o interessado pode fazer a inscrição na plataforma online Even2, no Canal do YouTube do Observatório. Na última edição, cerca de 400 pessoas participaram do Seminário.