Política
'Aliado' é crítico às exonerações feitas por JHC
Gunnar Nunes, que migrou do PL para o PP, chegou a dizer que prefeito de Maceió não será candidato ao governo em 2026
Causou espanto nos aliados - ou ex-aliados - de JHC (PL) exoneração em massa na Prefeitura de Maceió, publicada pelo prefeito na última segunda-feira (27). O corte de 52 comissionados teria sido uma resposta à mudança de partido do líder religioso Gunnar Nunes, que saiu do PL para o PP. Com a ruptura aparentemente inesperada, o ex-aliado taxou a atitude do prefeito de infantil.
Em um áudio atribuído a Gunnar que circula nas redes desde terça-feira (28), o mais novo filiado do PP expõe o loteamento de cargos comissionados com fins eleitoreiros.
“Eu recebi informação agora que ele exonerou todo mundo. Como eu disse, ele não é candidato a governador, porque se ele fosse candidato a governador não estava com essa atitude infantil”.
Nunes destacou também a utilização de meios de comunicação por ambos, e que agora teria virado arma de JHC contra ele. “Eu fico muito triste com essa atitude do JHC, porque essas mídias aí é tudo dele [sic]”. Ele descreve o que seria a atitude infantil. “Estar exonerando nosso povo, estar mandando até a rádio farol, uma parceira onde a gente tem um programa há mais de dez anos, ele mandando bater em mim. É lamentável, uma infantilidade parte dele”.
O Sistema Farol de Comunicação, pertencente à família de JHC, tem um conteúdo de notícias, destacando a religião, principalmente a evangélica. Em suas redes, foram publicadas esses dias algumas notícias destacando negativamente o uso político da fé. A postagem chega a sugerir semelhanças entre um ex-deputado ligado à igreja, também filho de pastor.
“A gestão de Jota Cavalcante foi marcada por polêmicas, incluindo ações por improbidade administrativa e penalizações do Tribunal Regional Eleitoral, gerando frustração entre fiéis. Para a comunidade da Assembleia de Deus, Gunnar por representar uma ameaça, já que tem o mesmo perfil do Jota Cavalcante”, diz uma postagem.
A movimentação política do filho do presidente da Assembleia de Deus, com o apoio do deputado Mesaque Padilha (UB) parece não ter sido tão bem calculada assim. Mesmo com 52 pessoas em cargos comissionados na gestão, o grupo religioso fechou aliança com o deputado federal Arthur Lira (PP) e participou de evento festivo com bastante publicidade, para oficializar (pelo visto sem combinar com o principal parceiro até então) os planos eleitorais para 2026, já em nova casa.
A menos de um ano da eleição, JHC repete o cenário de indecisão e desentendimentos com aliados da direita. Vale lembrar que em 2024 houve crise com Lira, quando todos os indicados do deputado entregaram os cargos. Na época, o prefeito estava negociando a vaga de vice em sua chapa de reeleição com Rodrigo Cunha (Podemos), indicação que já havia sido prometida a Lira e provavelmente seria de Davi Davino.
Tudo parece ter sido conciliado no final e a chapa foi anunciada em uma concorrida convenção do PL, onde entraram de mãos dadas no local JHC, Rodrigo Cunha, Arthur Lira, Marx Beltrão (PP), Alfredo Gaspar (UB) e outras lideranças de direita. Quem não ficou muito satisfeito foi Davino, que ficou de fora do pleito. Depois disso ele abandonou o PP e se uniu ao deputado Antonio Albuquerque no Republicanos.
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