Política

União quer maior conexão com municípios

Prefeitos alagoanos estarão em Brasília esta semana para ouvir e se reunir com governo federal, com presença prevista do presidente Lula

Por Emanuelle Vanderlei - colaboradora / Tribuna Independente 11/02/2025 07h32 - Atualizado em 11/02/2025 10h23
União quer maior conexão com municípios
Presidente da AMA, Marcelo Beltrão vai defender em Brasília o fortalecimento das gestões municipais - Foto: Edilson Omena

Para estreitar as relações entre União e municípios, acontece nos próximos três dias, em Brasília, o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas. A iniciativa é da Presidência da República, com a coordenação da Secretaria de Relações Institucionais (SRI/PR), e com o apoio da Associação Brasileira de Municípios (ABM), da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Vale ressaltar que os 102 municípios alagoanos estão representados por essas organizações. A capital Maceió está associada à FNP, e os outros 101 são associados da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que é ligada à CNM.

O presidente da AMA, Marcelo Beltrão (MDB), explica que já iniciaram os trabalhos desde o último domingo (9).

“Estamos aqui em Brasília, para o encontro promovido pelo Governo Federal, mas chegamos um dia mais cedo para participar da reunião do Conselho Político, da CNM, para tratar do municipalismo brasileiro, essa pauta para fortalecer os municípios, que na realidade é onde tudo acontece, nós moramos nos municípios”.

Segundo ele, essa é uma oportunidade de ampliar os laços com outros órgãos. “Iniciamos a semana com a reunião do Conselho Político e durante os dias 11, 12 e 13 a pauta com o Governo Federal apresentando todos os ministérios, todas as parcerias e o regime de colaboração para que a gente possa executar as políticas públicas nos nossos municípios”.

A assessoria do prefeito de Maceió, JHC (PL), não confirmou sua ida ao encontro, mas informou que ontem (10), que ele se encontrava em Brasília para uma agenda relacionada ao selo de alfabetização.

Desde 2024, especula-se a movimentação de JHC para se aproximar mais do governo de Lula (PT). Ele que no primeiro mandato foi eleito pelo PSB, acabou migrando para o PL em 2022, em apoio à reeleição de Bolsonaro. O partido cresceu bastante na capital de lá pra cá, hoje possui a maior bancada na Câmara Municipal, mas não teve um desempenho eleitoral tão bom no interior. Defensor declarado da institucionalidade, ele claramente fica mais confortável atuando com apoio do Governo Federal.

Nos primeiros anos, JHC contou com um aporte extra do acordo bilionário com a Braskem, e o repasse da venda da Casal, que facilitaram a sua gestão. Sem essas fontes, uma relação estreita com a presidência da República pode ser o caminho para trazer recursos e garantir as condições no segundo mandato.

Outra situação que desde outubro está em aberto, e pode ser razão de toda essa inquietação de JHC para chegar à base aliada de Lula, é a presença de sua tia Marluce Caldas na lista tríplice do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Marluce é promotora do Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL), e está disputando com outros dois candidatos à vaga. A escolha nesse estágio, é do presidente da República.