Foi publicado nas redes sociais um vídeo de uma suposta coação do deputado estadual Lelo Maia (União) ao vereador eleito em Joaquim Gomes Nildo da Ponte (PSDB/Cidadania). As imagens fazem entender que, junto com um grupo, Lelo teria entrado na casa do ex-aliado, com um grupo de apoiadores, e ameaçado sua família.

Assista:

O vídeo começa com o grupo de Lelo Maia e o vereador por Maceió Zé Marcio entrando na casa, através de imagens de uma câmera de segurança. Depois corta para uma suposta câmera escondida ligada durante a conversa. Sem imagens claras, o áudio tem uma fala atribuída ao deputado em que ele estaria cobrando dinheiro.

“Resolva a questão do dinheiro até sexta-feira para que eu não venha mais aqui. Não tenho medo de polícia, de justiça e sempre resolvi minhas coisas como um homem. Meus compromissos eu cumpro, cumpra o seu para não passar vergonha na frente da sua família. Estou disposto a tudo para a gente resolver isso na paz, ou do jeito que você quiser. Eu só quero o dinheiro que ele pegou, porque se ele está no mandato hoje ele deve a gente. E depois que ele pagar, tem problema não, ele vota em quem ele quiser, faça o que ele quiser”.

Assista:

A trama faz lembrar o formato coronelista, como se houvesse feudos e compromissos assumidos por fora da legislação eleitoral. Na semana passada Nildo publicou em suas redes sociais um vídeo em que anuncia uma aliança com o deputado estadual Marcos Barbosa (Avante). Isso seria uma ruptura de acordo, já que na visita é dito que o vereador “deve o mandato” a eles.

De acordo com a assessoria dos parlamentares, a informação não procede. “Fake News! O que houve foi uma conversa, conversa política, inclusive o próprio vereador os convidou para a casa dele. Não houve ameaça, nem houve agressão”.

Assista:

Ele confirma que são os parlamentares sim no vídeo, mas nega as violências atribuídas a eles. “São [eles] sim. Mas não houve invasão, nem agressão e nem ameaça. Foram convidados pelo próprio vereador a uma conversa”.

No final do vídeo, ainda sem imagens, surge uma fala feminina reclamando da ação. “Ameace meu marido não”, diz ela. Como resposta, ele ouve que “quem está errado é ele, pode chamar a polícia fazer o que ele quiser”.