Política

Cinco municípios solicitam reforço de tropas federais

Clima de tensão e acirramento faz com que Justiça Eleitoral precise analisar e julgar demandas por segurança pública

Por Thayanne Magalhães - repórter / Tribuna Independente 10/09/2024 08h18 - Atualizado em 10/09/2024 09h58
Cinco municípios solicitam reforço de tropas federais
TRE já recebeu da Polícia Militar que mais de seis mil militares vão atuar nas eleições; reforço federal não deve ser descartado - Foto: Adailson Calheiros

Os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) vão deliberar em plenário, ainda sem data prevista, se haverá o encaminhamento de tropas federais para os municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro, Estrela de Alagoas, localizados na região Agreste, e Marechal Deodoro, situados na região metropolitana. Ontem (9), a Justiça Eleitoral em Alagoas confirmou que as cidades solicitaram reforço federal devido às preocupações com a segurança, considerando o histórico de tensão durante eleições passadas nessas regiões.

Ainda ontem, o presidente Lula autorizou, por decreto, o uso das Forças Armadas para garantir a segurança do processo eleitoral. Essa medida faz parte de uma prática já conhecida em eleições anteriores, especialmente em áreas consideradas mais vulneráveis ou com histórico de violência. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será responsável por definir os locais que receberão esse reforço militar, de acordo com pedidos feitos pelos tribunais regionais e análise das condições locais.

Na semana passada, em reunião com presidente do TRE, desembargador Klever Loureiro, a Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), confirmou que as eleições municipais terão o emprego de 6.600 militares para reforçar a segurança. A Tribuna Independente quis saber se já existe um monitoramento da Polícia Militar sobre quais as regiões necessitam de mais atenção da segurança pública, mas até o fechamento desta edição, não houve retorno.

O coronel Neyvaldo Amorim, subcomandante da Polícia Militar, explicou, na oportunidade que foram entregues ao TRE todos os relatórios de inteligência para que a Justiça Eleitoral verifique a possibilidade de maior reforço nas regiões.

“O comando está entregando um relatório de inteligência de todos os levantamentos que foram feitos. É um relatório detalhado, um relatório imenso. E o TRE, com a inteligência do órgão eleitoral, também vai se juntar e verificar onde será necessário ou não, de acordo com o acirramento daquela localidade. Então, quem vai decidir é o TRE, onde serão colocados o reforço, e o incremento do policiamento. O nosso plano foi publicado em 19 de agosto, nosso boletim é um aditamento, um planejamento detalhado. E hoje nós vamos explicar ao TRE, uma síntese da operacionalização desse plano de policiamento durante as eleições do próximo mês. Para a eleição, exclusivamente, vamos trabalhar com 6.660 homens, fora o serviço ordinário do atendimento 181 e 190, que vamos manter normal”, informou Amorim durante o contato com a presidência do Tribunal Regional Eleitoral.

ESSENCIAL

O pleito de 2024 terá seu primeiro turno no dia 6 de outubro. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, um segundo turno poderá ser necessário, marcado para o dia 27 de outubro. Entretanto, o foco agora está em garantir que as eleições ocorram de maneira tranquila, sobretudo nos municípios que já manifestaram a necessidade de reforço.

Em eleições anteriores, o uso das Forças Armadas foi considerado fundamental para assegurar a ordem pública em locais onde havia tensão entre grupos políticos rivais.

A presença das forças federais nas eleições em Alagoas visa proporcionar um ambiente seguro para os eleitores, assegurando que todos possam exercer seu direito ao voto sem sofrerem intimidações.