Política

Gestores de Usina estariam cometendo assédio eleitoral obrigando funcionários a comparecerem em convenção de Henrique Tenório

30/07/2024 19h55
Gestores de Usina estariam cometendo assédio eleitoral obrigando funcionários a comparecerem em convenção de Henrique Tenório
Convenção partidária ocorre nesta quarta-feira (31) - Foto: Reprodução

Os nomes de dois funcionários e gestores da Usina Porto Rico estariam entre os suspeitos e acusados de cometerem assédio eleitoral obrigando trabalhadores, funcionários e pequenos fornecedores da empresa a comparecerem à convenção do MDB em Campo Alegre. As denúncias foram feitas à Tribuna, por fontes que pediram sigilo quanto aos seus nomes.

A convenção partidária ocorre nesta quarta-feira (31) e vai oficializar o nome de Henrique Tenório como candidato à prefeito da cidade. Tenório é um dos herdeiros da Usina e é filho do falecido ex-prefeito Maurício Tenório, preso pela Polícia Federal (PF) por corrupção na gestão do município em 2013.

Os dois funcionários seriam, segundo denúncias inclusive já de conhecimento de autoridades do judiciário local e feitas à Tribuna, conhecidos por Pedro “da Jega” e Manuel Soares. “Da Jega” seria o responsável pelo setor de transportes da Usina. Já Manuel seria o administrador do departamento de irrigação da indústria.

As denúncias já teriam sido enviadas ao Ministério Público – incluindo imagens e prints de conversas de Whatsapp, segundo fontes – apontando que gestores da empresa estariam “liberando” os trabalhadores do serviço com a obrigação de baterem ponto na convenção de Henrique Tenório.

Quem não comparecer e desrespeitar a ordem “superior” seria demitido da empresa, inclusive com intimidações e ameaças de justa causa. Os pequenos fornecedores que não comparecerem ao evento eleitoral de Henrique Tenório teriam seus pagamentos suspensos ou “congelados” de acordo com ordens de membros do staff da Usina.

Em 2022 a Usina Porto Rico foi condenada a pagar R$ 2 milhões em multas pela prática de assédio eleitoral, além de outras penalidades de R$ 2 mil individuais aos trabalhadores prejudicados por prática de assédio eleitoral. Nestas eleições de 2024, a empresa volta a ser alvo de denúncias de prática de crimes em ano de eleição.