Prestes a ter o orçamento para o próximo ano aprovado pela Câmara de Maceió, o prefeito JHC (PL), liberou para vereadores da base aliada um pacote de emendas que somam a quantia de R$ 3.172.774,17. Parte desses recursos, R$ 1.287.709,08, foi repassada a emendas parlamentares discricionárias, ou seja, aquelas que o gestor pode decidir livremente qual o destino.

Entre os contemplados pelas emendas discricionárias, estão apenas vereadores da base aliada. João Catunda (PP), Aldo Loureiro (PP), Chico Filho (MDB) e Marcelo Palmeira (PSC). O restante, que seria R$ 1.885.065,09, foi para as emendas impositivas. A maior foi para Joãozinho (PSD), um dos que tem feito oposição mais forte ao prefeito, no valor de R$ 500.355,00 para o Instituto Flávia Cavalcanti (IFC).

Todas as emendas, tanto impositivas quanto discricionárias, são dedicadas a empresas privadas de cunho social, algumas voltadas para questões de saúde, outras para pesquisa.

Fundação Alagoana de Pesquisa, Educação E Cultura (FAPEC), recebeu recursos de emendas do João Catunda e da Gaby Ronalsa (PV), totalizando mais de R$ 826 mil. O Instituto Brasileiro Em Gestão De Políticas Públicas e Privada (IBGP) ficou com R$ 976.355,09, oriundos de duas emendas do Samyr Malta (PSD). À Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), serão enviados R$ 488.177,00.

A Associação Acolhimento Mãe das Graças, recebe R$ 100 mil de uma emenda do Fernando Holanda (MDB), e mais R$ 50 mil do delegado Fábio Costa, que já nem está mais na legislatura porque foi eleito deputado federal em 2022.

Através de duas emendas, Chico Filho enviou R$ 206.977,54 ao Centro de Apoio às Comunidades (CAC), que também recebeu uma emenda de Marcelo Palmeira no valor de R$ 254.377,54.

As informações acerca da liberação das emendas pelo prefeito JHC constam no Diário Oficial do Município (DOM), nas datas de 26 e 27 de dezembro.

Politicamente, as liberações das emendas para vereadores da base aliada é um gesto importante da gestão municipal. A base de situação do prefeito tem conseguido barrar uma série de apostas da oposição contra a administração. Um dos exemplos que pode ser citado é a instalação da Comissão Especial de Investigação (CEI), para investigar as responsabilidades da Braskem no afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Bom Parto, Bebedouro, Mutange e Farol.