Política
Vídeo: Alexandre Sampaio denuncia ameaça
Um dos líderes do MUVB recebeu mensagem “confirmando a sua morte”
Um dos principais responsáveis por cobrar das autoridades as reparações por conta do afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, Alexandre Sampaio denunciou à Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) ter sofrido uma ameaça de morte após ter acesso em seu telefone a uma mensagem em que “ele teria sido encontrado morto em um canavial”.
Em contato ontem (4) com a reportagem da Tribuna Independente, Sampaio, que é um dos líderes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), confirmou que esteve na PC-AL e registrou um Boletim de Ocorrência. Para ele, toda e qualquer mensagem que chegue a ele é uma ameaça extensiva a todas as pessoas que estão lutando por seus direitos e cobram da mineradora Braskem as indenizações por conta do afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Bom Parto, Bebedouro, Farol e Mutange.
“Já fiz o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil porque não aceitamos nenhum tipo de intimidação. Vivemos em um estado democrático de direito e quem foi o responsável por esta fake news [notícia mentirosa] dizendo que eu tinha sido encontrado morto, acha que foi somente uma brincadeira, vai responder criminalmente. A fake news divulgada sobre a minha morte praticamente causou um colapso cardíaco nas pessoas que estão nesse movimento e que têm dedicado as suas vidas para cobrar as reparações e indenizações”, destacou Alexandre Sampaio.
Ainda em contato com a reportagem da Tribuna, Sampaio voltou a cobrar que a reparação integral dos valores às famílias que perderam tudo por conta da tragédia ambiental nos bairros continua sendo o principal ponto de luta do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem.
“Hoje esta ferida que a Braskem abriu, é a ferida da corrupção, ferida da impunidade e a ferida do descaso e tudo isso precisa ser reparado para quem perdeu tudo, para quem perdeu casas, entes queridos, para quem perdeu empregos. A Braskem está sendo vendida e a dívida que ela tem com a cidade de Maceió ultrapassa os R$ 30 bilhões. Não vamos deixar que esse crime fique impune e que as vítimas recebam o devido valor”, reforça Alexandre Sampaio.
Um dos líderes do MUVB ressaltou, ainda, que a mineração é um modelo que já causou prejuízos em outros municípios brasileiros e não há como sustentar mais esta prática.
“Tivemos exemplos em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, e temos esta tragédia em Maceió com a Braskem. Ou seja, a mineração é um modelo que não se sustenta mais. É inaceitável que a Braskem funcione em Maceió sem um estudo de impacto ambiental. A empresa abriu 35 minas sem a necessidade de um estudo de impacto ambiental. O que estou dizendo aqui consta em nossa ação penal contra a Braskem. A Braskem fraudou todos os processos de licenciamento ambiental ao longo dos 40 anos. A presença de uma empresa de clorossoda dentro da área urbana de Maceió continua sendo totalmente escandaloso”, finaliza Alexandre Sampaio.
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