Política
Campanha inicia com propostas e vídeos “fakes”
Início da propaganda partidária na TV e no rádio tende a potencializar disparos de notícias falsas nas eleições em Alagoas

A primeira semana da campanha eleitoral em Alagoas foi marcada pelas agendas lotadas dos candidatos ao governo e Senado, que têm inaugurado comitês, andado pela capital e interior levando suas propostas para tentar convencer o eleitorado. Porém, o que tem chamado a atenção são as campanhas difamatórias de adversários nas redes sociais.
Um vídeo que relaciona o governador Paulo Dantas (MDB) ao assassinato de Neguinho Boiadeiro, na cidade de Batalha, tem circulado nos grupos de WhatsApp. Nos bastidores da política já se esperava que o histórico violento da cidade viesse à tona.
Paulo Dantas, candidato à reeleição, já usou as suas redes sociais para afirmar que ao exercer o mandato de deputado estadual, foi autor da lei que combate a fake news em Alagoas.
“A campanha eleitoral já começou e se espalham por todos os lados as famosas e terríveis fake news. Mentiras que vão se espalhando e destruindo reputações. Histórias de vida respeitáveis. Como deputado estadual fui autor da lei de combate à fake news em Alagoas. Divulgar mentiras é crime e deve ser punido. Por isso fique atento àquele conteúdo absurdo, de baixo nível. Procure se informar e principalmente, não compactue com esse tipo de crime. Não passe adiante. Não compartilhe. Você pode ter certeza que de minha campanha não sairão fake news. Daqui você vai receber propostas inovadoras e respeito”, disse Dantas em vídeo divulgado em suas redes sociais na última quinta-feira (18).
Apesar de os disparos com campanhas difamatórias estarem acontecendo, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), informou à reportagem da Tribuna Independente que nenhum candidato reclamou com a Justiça Eleitoral sobre os fatos. Na Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) também não recebeu nenhuma denúncia referente à notícia falsa durante a primeira semana de campanha eleitoral.
MAIS FAKES COM A PROPAGANDA
Para a cientista política Luciana Santana, a propagação de notícias difamatórias entre adversários deve ser ainda maior a partir do dia 26 de agosto, quando começam as propagandas eleitorais nas rádios e TVs.
“Essa intensa proliferação de fake news, da desinformação, é algo que tende a se ampliar ao longo da campanha, que só começou. Mas a partir do dia 26 é que teremos início da propaganda do rádio e da televisão, e possivelmente os adversários vão começar a utilizar esses espaços para emplacar narrativas que possam confundir o eleitor”, opina a especialista.
Luciana reforça que durante as eleições, os candidatos costumam usar essa estratégia para tentar fazer com que seus oponentes percam votos.
“É uma campanha que promete bastante emoções nesse sentido. E cabe aos candidatos atingidos apresentar as suas versões e desconstruir essas fake news que tendem a ser produzidas nesse período”, continuou.
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